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Instagram diz que controles para pais chegam em março

Adam Mosseri deve testemunhar no Senado dos EUA sobre proteção a crianças na plataforma

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David McCabe
The New York Times

O Instagram vai introduzir seu primeiro sistema de controle parental em março, em um momento em que está enfrentando pressão para fazer mais a fim de proteger seus usuários jovens contra conteúdo nocivo, e para impedi-los de usar excessivamente o produto da empresa.

Adam Mosseri, que comanda o app Instagram dentro do grupo Meta, que controla o Instagram e o Facebook, anunciou em uma mensagem de blog que os pais poderiam ver quanto tempo seus filhos adolescentes passam usando o Instagram, e limitar esse tempo, caso assim desejem. Os adolescentes também poderão informar aos pais se denunciaram alguém por violação das normas de uso do Instagram.

"Essa é a versão inicial dessas ferramentas; continuaremos a adicionar mais opções, com o passar do tempo", ele disse na mensagem.

Mosseri vai depor diante de um comitê do Senado americano na quarta-feira (8) e a expectativa é de que tenha de responder a perguntas sobre se a mídia social é nociva para crianças e adolescentes.

**EMBARGO: No electronic distribution, Web posting or street sales before TUESDAY 3:01 A.M. ET DEC. 7, 2021. No exceptions for any reasons. EMBARGO set by source.** FILE Ñ Adam Mosseri, the head of Instagram, in New York, Oct. 23, 2019. Instagram will introduce its first parental controls in March 2022 as it faces pressure to do more to shield its young users from harmful content and keep them from overusing the product. (Ricky Rhodes/The New York Times)
Adam Mosseri, presidente do Instagram, em Nova York, EUA - Ricky Rhodes - 7.dez.2021/The New York Times

O app está sofrendo pressão renovada desde que Frances Haugen, antiga gerente de produto do Facebook, vazou documentos que demonstram que a companhia estava ciente de que o Instagram faz com que meninas adolescentes se sintam pior com relação a elas mesmas.

Mosseri disse na mensagem que o Instagram estava desenvolvendo diversas outras medidas para aumentar a segurança das crianças. Os usuários do app não poderão mais mencionar ou "tag" adolescentes que não os sigam. O app também vai lançar em janeiro um recurso para uso de todos os usuários que permitirá que eles apaguem mensagens, comentários, e "likes" em bloco.

Não estava claro se o anúncio de Mosseri bastaria para apaziguar os legisladores. "A Meta está tentando desviar atenção de seus erros ao lançar guias para pais, controles de tempo de uso e recursos de controle de conteúdo que os consumidores deveriam ter tido à mão desde sempre", disse a senadora Marsha Blackburn, republicana do Tennessee. "Mas meus colegas e eu sabemos exatamente o que eles estão tentando fazer".

O Instagram está entre as diversas grandes plataformas de tecnologia que exploraram mudanças na maneira pela qual crianças podem usar seus produtos, em parte por conta de novas regras de segurança infantil adotadas no Reino Unido. O app disse que estava considerando adotar um processo mais rigoroso de comprovação de idade para alguns usuários jovens, mas ainda não adotou esse recurso.

Depoimento no Congresso

O presidente do Instagram, Adam Mosseri, pedirá nesta quarta-feira (8) a criação de um órgão para determinar as melhores práticas para ajudar a manter crianças seguras no ambiente online, em sua primeira aparição perante o Congresso dos Estados Unidos.

Mosseri, em depoimento por escrito, dirá que o órgão da indústria deveria abordar "como verificar a idade, projetar experiências adequadas à idade e construir controles parentais".

O aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram e sua empresa controladora Meta estão sob intenso escrutínio em relação ao potencial impacto de seus serviços na saúde mental e segurança online de jovens.

Mosseri dirá que empresas como o Instagram "devem ter que aderir a esses padrões para ganhar algumas de nossas proteções da Seção 230", referindo-se a uma importante lei de internet dos EUA que oferece proteções a plataformas de tecnologia em relação à responsabilidade sobre conteúdo publicado por seus usuários.

Os parlamentares, que têm feito várias audiências sobre segurança infantil online, disseram querer discutir reformas legislativas e soluções para proteger crianças de conteúdo prejudicial, abusos e práticas exploratórias na internet, incluindo algoritmos utilizados ​por plataformas de tecnologia.

Com Reuters. Tradução de Paulo Migliacci

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