Golpe com deepfake na China aumenta preocupação sobre uso da IA

Criminoso usou tecnologia troca de rosto para se passar por amigo da vítima e receber 4,3 milhões de iuanes

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Ella Cao Eduardo Baptista
Pequim | Reuters

Um golpe no norte da China que usou tecnologia sofisticada de deepfake para convencer um homem a transferir dinheiro para um suposto amigo despertou preocupação sobre o potencial das técnicas de IA (inteligência artificial) para ajudar crimes financeiros.

O país tem intensificado a regulação de tais tecnologias e aplicativos em meio a um aumento de fraudes baseadas em IA, envolvendo principalmente a manipulação de voz e dados faciais, e adotou novas regras em janeiro para proteger legalmente as vítimas.

Ilustração com as palavras 'Inteligência Artificial' - Dado Ruvic - 4.mai.2023/Reuters

A polícia da cidade de Baotou, na região da Mongólia Interior, disse que o golpista usou tecnologia de troca de rosto com IA para se passar por um amigo da vítima durante uma videochamada e receber uma transferência de 4,3 milhões de iuanes (US$ 622 mil, R$ 3 milhões).

A vítima transferiu o dinheiro acreditando que seu amigo precisava fazer um depósito durante um processo de licitação, disse a polícia em comunicado no sábado (20).

O homem só percebeu que havia sido enganado depois que o amigo expressou desconhecimento da situação, acrescentou a polícia, dizendo que recuperou a maior parte dos recursos roubados e está trabalhando para rastrear o restante.

O caso desencadeou uma discussão no Weibo sobre a ameaça à privacidade e segurança online, com a hashtag "#golpes com IA explodindo em todo o país" ganhando mais de 120 milhões de visualizações na segunda-feira (22).

"Isso mostra que fotos, vozes e vídeos podem ser utilizados por golpistas", escreveu um usuário. "As regras de segurança da informação podem acompanhar as técnicas dessas pessoas?"

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