A Apple vai atualizar o sistema operacional do iPhone 12 no mundo todo depois que a França decretou a retirada do produto do mercado devido ao nível de emissão de ondas magnéticas, informou a empresa americana nesta sexta-feira (15).
Inicialmente, a empresa havia informado que a atualização do software seria para os usuários franceses, mas depois anunciou que o processo aconteceria em todos os países onde opera.
"Após conversas e conforme solicitado pela ANFR [a Anatel francesa], a Apple me assegurou que implementará uma atualização no iPhone 12 nos próximos dias", afirmou o secretário para assuntos digitais francês, Jean-Noel Barrot, em um comunicado enviado à AFP.
"Esperamos que o iPhone 12 continue disponível na França", acrescentou a Apple.
Comercializado desde o final de 2020, o iPhone 12 é um produto em fim de vida útil comercial. A agência francesa ANFR declarou na terça-feira (12) uma retirada temporária do mercado francês devido a um nível muito alto de emissão de ondas.
Especificamente, o iPhone 12 excede em 1,74 watts por quilograma (W/kg) o valor limite regulamentar correspondente à energia que o corpo humano pode absorver ao segurar o telefone na mão.
Em muitos casos semelhantes, os fabricantes atualizam seus dispositivos antes que o aparelho seja retirado.
Esse não foi o caso da Apple, que enfrentou pela primeira vez esse procedimento sancionatório. A fabricante tem duas semanas para propor medidas corretivas.
A ANFR "está se preparando para testar rapidamente essa atualização que, em última análise, tornaria o modelo adequado", disse o secretário francês.
A Apple inicialmente questionou as conclusões da agência, afirmando que o iPhone 12 estava em conformidade com os padrões definidos em todo o mundo.
O fabricante americano critica "o protocolo de testes específico usado pelos reguladores franceses" e nega "qualquer problema de segurança", mas lançará a atualização.
Na quinta (14), a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) afirmou que irá apurar se o nível de radiação emitida pelo modelo está de acordo com as normas brasileiras. A agência também irá contatar a homóloga francesa para ter mais detalhes e acionar a fiscalização, segundo nota desta sexta (15).
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), "atualmente não há evidências de que a exposição a campos eletromagnéticos de baixa intensidade seja perigosa para a saúde humana".
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