'Suprema corte das redes sociais' pede que Meta esclareça regras sobre pornografia gerada por IA

Grupo de notáveis entendeu que imagens geradas por inteligência artificial feriam cláusula sobre 'photoshop sexualizado depreciativo'

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Katie Paul
Nova York | Reuters

O Conselho de Supervisão da Meta, conhecido como "suprema corte das redes sociais", afirmou nesta quinta-feira (25) que as regras da empresa "não são suficientemente claras" ao proibir representações sexualmente explícitas de pessoas reais geradas por inteligência artificial e pediu mudanças para impedir que tais imagens circulem em suas plataformas.

O conselho, que é financiado pela gigante da mídia social mas opera de forma independente, emitiu sua decisão depois de analisar duas publicações pornográficas falsas de mulheres famosas criadas usando inteligência artificial e postadas no Facebook e Instagram, de propriedade da Meta.

A Meta disse que analisaria as recomendações do conselho e forneceria uma atualização sobre quaisquer mudanças adotadas.

A imagem mostra um close do ícone do aplicativo Instagram em uma tela de smartphone. Um dedo está prestes a tocar o ícone, que apresenta um fundo degradê em tons de roxo, laranja e amarelo, com o símbolo da câmera em branco no centro. O fundo da imagem é escuro.
Foto em detalhe de dedo se aproximando á tela de smartphone que mostra o ícone do Instagram - Dado Ruvic/Reuters

Em seu relatório, o conselho identificou as duas mulheres apenas como figuras públicas femininas da Índia e dos Estados Unidos, citando preocupações com a privacidade.

O conselho constatou que ambas as imagens violavam a regra da Meta que proíbe o "photoshop sexualizado depreciativo", que a empresa classifica como uma forma de bullying e assédio, e disse que a Meta deveria tê-las removido imediatamente.

No caso envolvendo a mulher indiana, a Meta não analisou um relato de usuário sobre a imagem em 48 horas, o que fez com que a solicitação fosse fechada automaticamente sem que nenhuma ação fosse tomada.

O usuário recorreu, mas a empresa novamente se recusou a agir e só reverteu o curso depois que a diretoria assumiu o caso, disse.

No caso da celebridade norte-americana, os sistemas da Meta removeram automaticamente a imagem.

"As restrições a esse conteúdo são legítimas", disse o conselho. "Dada a gravidade dos danos, a remoção do conteúdo é a única maneira eficaz de proteger as pessoas afetadas."

O conselho recomendou que a Meta atualize sua regra para esclarecer seu escopo, dizendo, por exemplo, que o uso da palavra "photoshop" é "muito restrito" e que a proibição deve abranger uma ampla gama de técnicas de edição, incluindo IA generativa.

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