Gol e Tam são as duas empresas aéreas mais lembradas pelos brasileiros

Arte Folha
Top of Mind 2017 - top turismo

O mercado de aviação no Brasil ampliou suas lideranças. Pela primeira vez desde a inclusão da categoria Companhia Aérea no prêmio Folha Top of Mind, em 1993, duas empresas dividem o posto de mais lembradas pelos consumidores. TAM e Gol foram citadas por 29% e 27% dos entrevistados, respectivamente -um inédito empate técnico, devido à margem de erro. Na medição do critério de desempate, o "awareness", elas seguem juntas na dianteira: a Gol obteve 50% e a TAM, 48%.

"Queremos que o consumidor tenha a melhor experiência. Aumentamos o espaço entre as poltronas em algumas fileiras, criamos o check-in com selfie, construímos salas VIPs, teremos wi-fi em todas as aeronaves até a metade do ano que vem. Nosso objetivo não é só levar o cliente com segurança e no horário. É levá-lo com um sorriso", diz Mauricio Parise, diretor de marketing da Gol, que faz sua estreia na primeira colocação da pesquisa. Em 2016, ficou em segundo lugar.

Foi num Boeing 737-700, que decolou de Brasília no dia 15 de janeiro de 2001, às 6h56, que a Gol surgiu para o passageiro brasileiro. Hoje, ela opera mais de 700 voos por dia, que levam a 63 destinos no Brasil, América do Sul e Caribe.

Popularmente lembrada como uma companhia de baixo custo, a marca esteve acima da média entre o público que ganha mais de dez salários mínimos (32% de lembrança).

"Manter o menor custo da indústria é a nossa essência. Mas a Gol mudou, acrescentamos novos serviços e soluções. Não somos mais o 'ônibus do céu', como falavam no início", explica Eduardo Bernardes Neto, vice-presidente de vendas e marketing.

Já a TAM se destaca entre os entrevistados da classe A e B (35%) e com ensino superior (36%). E segue na liderança do Top of Mind desde 2008, quando ultrapassou a extinta Varig. No ano passado, mudou sua marca para Latam.

Mas a TAM ainda é o nome que está na cabeça dos brasileiros, segundo o Datafolha. Latam, resultado da fusão com a chilena LAN, é lembrada por apenas 2%.

"Até o final deste ano, 100% dos aeroportos em que operamos no Brasil apresentarão a nova identidade visual. Com isso, a marca passará a ter uma presença ainda mais consistente", acredita Jerome Cadier, diretor-executivo da Latam Brasil. Dos 307 aviões, apenas 56 exibem atualmente o novo nome. A alteração de toda a frota deve acontecer até 2021.

Com a fusão, a empresa pousa hoje em cerca de 140 cidades de 25 países. São mais de 1.300 voos diários. "O contexto econômico vem gerando uma redução no mercado de aviação no país. A estratégia atual é fortalecer nossa estrutura, preparando a empresa para a volta do ciclo positivo", diz Cadier.

A liderança de Gol e Latam não é registrada apenas pelo Datafolha. Segundo levantamento da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgado em janeiro, a primeira respondeu por 36% do mercado doméstico no ano passado, e a segunda, por 34,7%.

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AGÊNCIA DE VIAGEM

Quem viaja em céu de brigadeiro é a CVC. A empresa lidera o Top of Mind desde 2011, quando a categoria Agência de Viagem estreou na pesquisa. Nesta edição, alcançou 18% de lembrança. Com 9%, a TAM Viagens aparece em seguida. Mais de um terço dos entrevistados (37%) não souberam apontar uma marca.

"Percebemos que o consumidor cortou alguns itens por causa da crise, mas continua viajando. No máximo, adaptou seu roteiro. Em vez de passar uma semana fora, compra um pacote de cinco dias. No lugar de um cruzeiro internacional, escolhe um roteiro para o Nordeste", conta Marcelo Oste, diretor de marketing da CVC.

Com um crescimento de 14,6% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, a empresa leva a sério o objetivo de estar em todos os lugares. Até o fim de 2017, quer abrir mais cem lojas e chegar a 1.200 estabelecimentos em todas as regiões do Brasil, vendendo pacotes aéreos, terrestres e marítimos -70% deles customizados pelo cliente.

Fundada em Santo André (SP) em 1972, a CVC passou a apostar também no mercado de intercâmbio. Em 2016, abriu a primeira loja dedicada ao tema e comprou, por R$ 41 milhões, a agência Experimento, que atua há mais de 50 anos no segmento. "É do nosso DNA adaptar-se constantemente às novas demandas", diz Oste.

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