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Pantanal e Bonito, próximos e deslumbrantes, lutam contra alterações do clima

Pesquisa Datafolha aponta os destinos sul-matogrossenses como os favoritos de natureza e para pesca esportiva

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São Paulo

Grutas de azul intenso, parques de verde exuberante, rios de águas transparentes. Não é difícil entender como Bonito, em Mato Grosso do Sul, foi escolhido novamente como o melhor destino de natureza do Brasil.

Sua beleza contemplativa, e altamente instagramável, também serve de moldura para passeios em trilhas e cachoeiras que envolvem alguma carga de adrenalina e aventura, como no Recanto Ecológico Rio da Prata.

O lugar reúne o contato com a mata densa e um mergulho para um mundo submerso, no qual é possível se deparar com peixes coloridos e até jacarés.

Mulher, equipada com capacete e lanterna, se aproxima da borda de um lago com águas cristalinas, cercado por estalactites e rochas dentro de uma gruta
Gruta do Lago Azul, em Bonito (MS) - Maycon Portilho

Recheado de balneários, locais para observação da fauna e grutas, como a do Lago Azul, tombada pelo Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Bonito recebeu 9% das menções dos paulistanos na pesquisa Datafolha. Esta é a terceira vez que a cidade vence como destino de natureza.

Aliás, foi com os mesmos 9% que o Pantanal, ali pertinho de Bonito, chegou ao quarto título como o melhor destino para a pesca esportiva. Muitos turistas inclusive tentam fazer os dois destinos, separados por cerca de 150 km, na mesma viagem.

O Pantanal é cortado pelo rio Paraguai, um dos principais destinos para a pesca esportiva, tanto pela sua extensão quanto pela riqueza de espécies: são mais de 200 tipos de peixe, incluindo dourado, pacu e piranha. Especialistas indicam o período de março a outubro como o mais indicado para a atividade.

No entanto, Pantanal e Bonito têm sido vítimas das mudanças climáticas extremas. Em novembro passado, em apenas 13 dias, a região pantaneira registrou 2.387 focos de incêndio, provocados pelo somatório do clima seco, com altas temperaturas, baixa umidade e constante mudança de vento.

Em Bonito, sem as aguardadas águas de março deste ano, o leito do rio Miranda estava com trechos inteiramente secos, deixando ambientalistas em alerta para o que pode ser a pior seca da história. Muitos esperam que outro fenômeno climático ajude a preservar a região no segundo semestre: o La Niña, que costuma trazer chuvas e contribui para a queda das temperaturas.

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