Descrição de chapéu Flip

Para colunista, valor do ingresso afastou público diverso esperado pela Flip

Festa literária retomou programação presencial com destaque para mulheres e a Nobel Annie Ernaux

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São Paulo

A diversidade foi uma das marcas da Flip deste ano, que celebrou pela primeira vez uma autora negra (Maria Firmina dos Reis) e abriu espaço para duas escritoras travestis (Amara Moira e Camila Sosa Villada).

Mas a Festa Literária Internacional de Paraty serviu também para iluminar contradições, como o público quase todo branco. "Paraty tem uma população majoritariamente negra, e dói não ver isso na plateia", disse Belita Cermelli, diretora de cultura e educação da Flip.

O assunto foi tema do ao vivo da TV Folha, que recebeu nesta terça-feira (29), os repórteres especiais da Folha Fernanda Mena e Naief Haddad e o repórter da Ilustrada e colunista do Painel das Letras, Walter Porto.

Em entrevista à Folha, o diretor artístico da Flip, Mauro Munhoz, reconheceu o incômodo e citou políticas de gratuidade que visam tornar o acesso mais facilitado para pessoas de baixa renda. "Hoje só acessa o auditório principal da Flip quem consegue pagar R$ 120 para ver cada mesa e isso já gera um recorte de classe", pontua Porto.

"A diversidade estava nas ruas e nas casas paralelas", lembra Naief Haddad, destacando que os curadores tinham como proposta fazer encontros inusitados e promover diálogos não óbvios nesta edição.

Eles debateram também a presença de Annie Ernaux na Casa Folha, que chegou ao décimo ano de funcionamento. Recém-laureada com o Nobel de Literatura e maior estrela do evento, a escritora francesa foi ovacionada na cidade fluminense.

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