George Weah, escolhido pela Fifa como melhor jogador do mundo em 1995 quando defendia o Milan, acaba de ser eleito presidente da Libéria.
Único africano a chegar ao número 1 do futebol, Weah é mais uma prova de que as pessoas pelo mundo afora estão cansadas dos políticos tradicionais e apostam em novas propostas, como a França já havia demonstrado com a escolha de Emmanuel Macron.
Verdade que ambos já vinham desempenhando papéis na vida política de seus países, porque Weah estava no Senado e Macron foi ministro da Economia. O negro liberiano chegou à Presidência com 51 anos e o branco francês aos 39.
Nem um dos dois caiu de paraquedas como o alcaide que odeia ter Agripino em seu nome e o cargo que ocupa, a ponto de omitir o primeiro e só pensar em deixar a prefeitura –ao pretender ser presidente, chance perdida por ter ido com sede demais ao pote, ou, agora, governador, como prêmio de consolação.
A eleição de Weah faz a imaginação voar longe e pensar em quem, no Brasil, poderia desempenhar seu papel. O primeiro que vem à mente, é óbvio, é o Rei Pelé.
Como a monarquia brasileira acabou em 1889, e ele foi ministro extraordinário do Esporte no governo FHC sem revelar grande vocação política, deixemo-lo em paz em seu trono.
Romário, Ronaldo, Rivaldo, Kaká e Ronaldinho Gaúcho, como Weah, ganharam eleições na Fifa.
O primeiro é senador da República, certamente pensa no Palácio do Planalto, e tem revelado no Congresso Nacional o mesmo oportunismo que mostrava na grande área.
O segundo atua apenas marginalmente na política. Errou, felizmente sem consequência, ao fazer a campanha de Aécio Neves à Presidência e, novamente, infelizmente com os efeitos hoje sofridos pelos paulistanos, ao apoiar João Agripino Dória Júnior.
Rivaldo é introspectivo demais para pensar em vida pública. Não dá para pensar nele a pedir votos para quem quer que seja, ele mesmo, principalmente.
Kaká, recentemente aposentado como atleta, tem o perfil de candidato, além de ampla base entre os evangélicos. Articulado, jeito de galã, pode aparecer, se quiser, como aparecem os astros da TV.
Finalmente, Ronaldinho Gaúcho.
Correu o boato de que concorreria ao Senado por Minas Gerais, onde fez por ser ídolo do Galo, com apoio de Jair Bolsonaro. Que fique como boato.
Há, ainda, no esporte, o nome do técnico de vôlei, e certamente um dos melhores treinadores de esportes coletivos de todos os tempos, Bernardinho.
Economista pela PUC do Rio, Bernardo Rezende seria a aposta do Partido Novo, mas para o governo do Rio, um trabalho de Hércules.
É de se notar que Weah comanda o Congresso pela Mudança Democrática, com ares mais de movimento, à direita, que partido político, assim como Macron fundou o seu Em Marcha!.
Por aqui o que quer ser novo é partido e o velho PMDB tirou o P para voltar a ser movimento, o MDB, em busca de mais poder.
Como o jogo do ano será disputado dia 24, em Porto Alegre, aguardemos.
Está 1 a 0 contra Lula e prevê-se novo revés, por 3 a 0.
Se, no entanto, ele fizer um gol, muda tudo. Será, como nunca, o gol qualificado.
O sonhado pela esquerda.
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