Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Mundo se volta para o Kremlin com outros olhos, para o sorteio da Copa

Jornais como o alemão "Sueddeutsche Zeitung" já retratavam na quinta a expectativa com o sorteio desta sexta, direto do Kremlin. Escrevendo de lá, o enviado descrevia o palácio estatal, onde se dará a cerimônia para "milhões de fãs ao redor do mundo".

No título, "No Kremlin, com Klose", citando o ídolo alemão que participa do sorteio. Pelo Brasil, Cafu. Pela Argentina, Maradona.

Enquanto isso, o "New York Times" anunciava "o momento crucial" para a Copa, com ironias à desclassificação dos próprios EUA. Mas acrescentava uma sequência de enunciados anti-russos, de reportagens próprias e agências como Associated Press e Reuters:

— Sorteio da Copa é distração bem-vinda para a Rússia; Antes da Copa, fãs são alertados sobre homofobia e racismo na Rússia; Rússia ainda precisa ganhar confiança do esporte antes da Copa.

A GUERRA ESQUECIDA

Na capa da "Economist", "Iêmen: A guerra que o mundo ignora". O editorial de capa chega a afirmar:

— Goste ou não, o Ocidente está envolvido. A coalizão liderada pelos sauditas luta com aviões e munições ocidentais. Os satélites ocidentais guiam as suas bombas.

Por ocidentais, entendam-se americanos e ingleses. A revista inglesa apela aos monarcas sauditas para negociar a paz, por ser "uma guerra invencível".

Crédito: Reprodução

A QUEDA

Com títulos como "A queda das estrelas masculinas de mídia", acima, o "NYT" aborda em vídeo e na coluna de mídia de Jim Rutenberg o significado histórico da derrocada dos âncoras Charlie Rose (CBS e PBS), Matt Lauer (NBC) e Bill O'Reilly (Fox News), por abuso sexual.

O "star system" da televisão fracassou, diz o jornal, ao "estimulá-los a serem personagens maiores que a vida, até sua súbita perda de estatura".

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