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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Show de horrores

O time ia mal no primeiro tempo contra o México e Felipão piorou as coisas no intervalo. Trocar Ramires por Bernard e não por William espalhou ainda mais a equipe. A necessidade era de ganhar o meio de campo e o treinador quis atacar num 4-3-3. A seleção perdeu o meio de vez.

Só melhorou um pouco quando voltou ao 4-2-3-1, com Oscar pela direita, Neymar pelo meio, Bernard à esquerda. A partir dos 20 minutos da segunda etapa, o futebol seguiu fraco, mas pelo menos a posse de bola voltou a ser brasileira.

Os problemas são mais graves do que pareciam contra a Croácia. Os mais talentosos não se aproximam, não se procuram e faltam opções de passe.

Oscar deu sinal na estreia de que poderia jogar na mesma altura de Neymar. Quem sabe, ter uma dupla como houve em 1994, com Bebeto e Romário, ou em 2002, com Rivaldo e Ronaldo. Contra o México nem Oscar nem Neymar. A única dupla à altura da expectativa é Thiago Silva e David Luiz. O capitão foi o melhor em campo. Luiz Gustavo acompanhou o nível.

É fundamental trabalhar mais do que se tem trabalhado em Teresópolis para reorganizar a equipe taticamente. Para agrupar os principais jogadores, tê-los próximos uns dos outros para oferecer opções de passe. Mesmo isso pode representar problemas, porque quem pode trocar passes anda perdendo a bola demais. Oscar, Paulinho... Até Neymar e Felipão erraram.

O excesso de juventude dá medo de cair nas semifinais. O mau futebol dá susto e receio de ficar nas oitavas.

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