PVC

Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

PVC

Anos dourados

A Argentina renunciou à disputa da Copa de 50. Não quis vir e se viesse o Maracanazo poderia ter outro protagonista. Em vez de Ghighia, quem sabe Tucho Méndez, Labruna ou Lostau.

Há diferentes versões para a ausência.

Uma delas diz que o êxodo de craques como Di Stéfano e Nestor Rossi, após a greve dos atletas em 1948, fez os argentinos se isolarem. Outra, que a quebra de relações entre a CBD e a AFA, por causa da fratura na perna do capitão Salomón, na decisão da Copa América de 1946, causou o boicote. O livro "História de la Seleción", publicado pelo diário "Clarín", diz que Perón não quis correr o risco da derrota.

Estranho. Os anos anteriores à Copa foram dourados para a Argentina. Disputou cinco Copas Américas na década de 1940. Ganhou quatro.

Desta vez, a Argentina vem ao Brasil e tem o caminho teoricamente mais limpo entre todas as grandes seleções. Se avançar em primeiro lugar da chave, cruzará com o segundo do grupo E -França, Suíça, Equador ou Honduras.

Em 2006, a França chegou à final da Copa, mas ficou em segundo lugar na primeira fase, atrás da Suíça. A repetição é possível. Pode dar Argentina x França, nas oitavas.

Também não é fácil a estreia, hoje.

Como a Croácia, a Bósnia era parte da Iugoslávia. Seu técnico, Safet Susic, jogou as Copas de 82 e de 86 pelo velho país e seu centroavante é Dzeko, autor de cinco gols nos últimos quatro jogos do City no título inglês.

Mas há Messi. Ele parou entre novembro e janeiro, por lesão. Depois do retorno, disputou apenas uma grande partida: Real Madrid 3 x 4 Barcelona. Fez três gols.

Ganhar a Copa no Brasil também interessa muito! O caminho da Argentina pode até ficar difícil se houver derrota para a Bósnia ou choque com a França nas oitavas. Messi pode fazer ficar fácil. Fazer de 2014 o ano dourado que 1950 não foi.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.