Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

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Talento individual e coletivo

Mesmo se um reserva fizer, contra a África do Sul, um gol espetacular, como Lucas quase fez, dias atrás, pelo Paris Saint-Germain, o time do Mundial será o mesmo da Copa das Confederações. Será que nada mudou em um ano?

Neste período, Fernandinho, Ramires, Dante e Jefferson foram melhores, em seus clubes, que Paulinho, Luís Gustavo, David Luiz e Júlio César, que nem joga. É apenas um questionamento.

Futebol não é só momento, nem tudo que deu certo, mesmo recente, tem de ser repetido. Somente Neymar e Thiago Silva são indiscutíveis.

A principal opção de Felipão é a mesma de Mourinho. Quando o Chelsea joga, a seleção treina. Os dois técnicos, quando querem reforçar a marcação no meio-campo, colocam Ramires próximo de dois volantes, saindo Oscar. Como Ramires marca e chega rapidamente à frente, os dois times não perdem a força ofensiva. Ramires ocupa o lugar que era de Hernanes na Copa das Confederações.

Apesar de Parreira ter dito que Rafinha foi convocado para Felipão ter uma opção em caso de problemas com Daniel Alves e Maicon, suspeito, pelo excesso de prudência, que exista um mal-estar em relação a Maicon, mesmo ele jogando bem na Roma e/ou que Felipão esteja impressionado com as atuações de Rafinha no Bayern.

Se a seleção não ganhar a Copa, por inúmeros fatores, o motivo já está pronto. Será a falta do clássico meia de ligação, que para a bola e dá o passe decisivo. Esse jogador, que não participa da marcação e que atua em pequenos espaços, é uma visão nostálgica sobre nosso futebol. Nenhuma grande equipe do mundo possui um jogador com tanto privilégio.

O brasileiro Diego Costa estreia hoje pela Espanha, contra a Itália. Ele é desses atacantes que estão sempre esperando o passe na frente para ganhar do zagueiro, na velocidade e no confronto físico, além de ter boa técnica.

Outro brasileiro, Thiago Alcântara, substituto de Xavi, depois ou durante a Copa, deve jogar hoje. Thiago faz falta ao Barcelona. O maior problema da equipe é não ter bons reservas para a maior parte das posições.

A Alemanha possui uns seis ótimos meias (Götze, Müller, Özil, Reus, Podolski e Schürrle), além de Schweinsteiger e Kross, que podem ser volantes ou meias, mas não tem um excelente centroavante.

Na Argentina, Messi, diferentemente do Barcelona, tem um centroavante à sua frente (Higuaín ou Palacio), além de Agüero, que se movimenta por todo o ataque. Di Maria é, desde que Sabella assumiu o time, o terceiro do meio-campo, ao lado dos dois volantes, como joga hoje no Real Madrid.

Além do Brasil, preciso ver hoje várias seleções. Como várias partidas serão no mesmo horário, vou assistir a uma e sapear as outras.

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