Publicidade
Publicidade
Festa anunciada em rede social atrai multidão na Vila Mariana
Publicidade
NATÁLIA CANCIAN
TALITA BEDINELLI
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
O que era para ser uma pequena "house party" (festa em casa) deixou mais de 400 adolescentes parados na porta de um edifício na Vila Mariana na tarde de ontem e mobilizou até mesmo três carros da Polícia Militar.
O grupo começou a ser barrado na portaria depois que a festa, divulgada pelo Facebook para começar às 16h, excedeu o limite de 60 pessoas permitidas para ocupar a churrasqueira e outros espaços da área de lazer.
Assustados com a quantidade de jovens que ocupava boa parte da quadra, vizinhos chamaram a polícia com medo de que eles invadissem o prédio, um condomínio de 25 andares e 150 apartamentos na rua Conde de Irajá.
Parte dos jovens, no entanto, alega que apenas queria receber o dinheiro do ingresso de volta. A festa, anunciada como "open bar", custava R$ 20 para quem colocava o nome na lista, R$ 25 para quem pagava na hora e R$ 40 em uma "área VIP".
Estevão Bertomi/Folhapress | ||
Adolescente divulga convite de festa no Facebook e atrai mais de 400 pessoas na porta do prédio em SP |
"Já liguei para minha amiga e falei que miou, não vai dar para entrar", disse a estudante Leila, 14, que esperava na porta do prédio. Após a chegada da PM, por volta das 17h10, os jovens começaram a se dispersar.
A subsíndica do edifício, que pediu para não ser identificada, justificou o impedimento da festa. "Eu estava vindo tranquila do meu tai chi chuan e tem isso. Botei para fora. Não vai entrar e acabou. Tomei vaia de alguns, e daí?"
Segundo ela, a festa tinha sido autorizada pelo pai de um dos jovens que organizava o evento, mas o condomínio não sabia que, no Facebook, a festa já tinha cerca de 600 pessoas confirmadas.
De acordo com a subsíndica, o fato de haver bebida para menores era inaceitável. "São jovens de escolas boas. E os pais pagam uma fortuna pra isso?", disse.
Segundo a PM, o movimento já havia sido dispersado por volta das 18h45.
Duas horas depois, alguns jovens ainda apareciam na porta. A maioria não conhecia os organizadores da festa. "Recebi o convite por amigos. Mas quem estava fazendo eu não sei quem era não", disse o estudante Allan, 16.
A Folha tentou localizar os organizadores e pais dos responsáveis pela festa, mas não conseguiu contato. A festa teve a ajuda de um jovem que não mora no prédio. Francisco, 17, amigo de um deles, disse que o colega fez a festa escondido. "A mãe dele nem sabe. Ela foi viajar."
Moradores e vizinhos disseram que o acesso à rua ficou prejudicado. "Levei 15 minutos para descer a rua", disse Aline Ramos, 23. Após o tumulto, a festa da multidão virou comentário entre os moradores. "Parecia saída da prova do Enem", brincou um dos moradores, que não quis divulgar o seu nome.
+ Canais
+ Notícias em Cotidiano
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice