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Após ser chamado de racista, prefeito propõe cota para negros
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GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR
Chamado de racista por ativistas de direitos dos negros, o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PP), enviou um projeto de lei para reservar 30% das vagas de concursos públicos para afrodescendentes.
A controvérsia esquentou depois que a Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, um projeto de lei proposto pelo vereador Gilmar Santiago (PT) que cria uma cota de 30% para os negros.
O prefeito vetou a proposta alegando que era inconstitucional porque a iniciativa de legislar sobre contratação de servidores é prerrogativa do Executivo.
Segundo a prefeitura, se a lei fosse sancionada, concursos poderiam ser questionados no futuro na Justiça. Por isso, enviou ontem um novo projeto, com o mesmo percentual de reserva.
O veto do prefeito desencadeou uma reação de fúria de entidades que defendem políticas afirmativas em Salvador, a capital com o maior percentual de afrodescendentes no país (79% da população, segundo o IBGE). "O negro tem cota para entrar na universidade, mas ainda não há no campo profissional política para reparar os danos sofridos desde a escravidão", disse Marivaldo Paranaguá, diretor da ONG Atitude Quilombola.
"O veto foi uma atitude racista do prefeito", acusou o ativista. A pecha já havia sido dada ao prefeito pelo vereador Santiago, no plenário da Câmara, na segunda.
O chefe da Casa Civil, João Leão, diz que as acusações de racismo contra o prefeito são "querelas políticas".
"Tanto o prefeito não é racista que enviou o projeto das cotas para a Câmara", disse o secretário.
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