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10/11/2011 - 00h00

André Gondim Pereira (1982-2011) - O computador e o transplante

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DE SÃO PAULO

O primeiro contato de André Gondim Pereira com um computador foi aos sete anos, quando vivia em Rondônia.

Leia sobre outras mortes

Natural de Campina Grande (PB), o filho de um professor universitário com uma funcionária pública mudou-se para o Norte porque os pais arrumaram emprego por lá.

Aos 13 anos, voltou para sua cidade natal. Como vivia em casa, preso ao oxigênio, passava o tempo todo com os olhos grudados no monitor.

A paixão pelo computador o fez se formar em sistema de informação e a se tornar o maior tradutor no Brasil do Ubuntu, sistema operacional gratuito baseado em Linux.

Aos 21, mudou-se para Porto Alegre (RS), pelo status da cidade como referência em transplante de pulmão. A mãe, Vânia, conseguiu transferência da Universidade Federal de Campina Grande para a do Rio Grande do Sul.

André recebera o diagnóstico aos sete anos, na mesma época em que descobriu o computador: nascera com fibrose cística, uma doença genética que ataca os pulmões.

A mãe, durante os tratamentos, jurou fazer de tudo para ver o filho adolescente e conseguiu. Depois, na festa de 15 anos, prometeu que veria o menino ficar adulto.

Em outubro de 2008, depois de um ano e 10 meses na fila, o rapaz conseguiu um transplante. Com uma vida nova, casou-se com uma moça que conheceu na Paraíba, formou-se, trabalhou, passou a cozinhar, viajou para a Europa e até mergulhou no mar.

Era descontraído o tempo todo e nunca se queixava.

Começou, porém, a ter rejeição ao órgão transplantado. Entraria na fila de novo. Morreu na quinta (3), aos 29.

 

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