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30/11/2011 - 21h31

Defesa pede suspensão do júri da viúva de milionário da Mega-Sena

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PAULA BIANCHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O advogado da ex-cabeleireira Adriana Ferreira de Almeida, Jackson Costa, pediu a suspensão de seu julgamento, que acontece no Fórum de Rio Bonito (72 km do Rio). Ela é acusada de mandar matar o marido, o lavrador milionário Renné Senna, depois de ele ganhar R$ 51,8 milhões na Mega-Sena. O crime ocorreu em 2007, em Rio Bonito.

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Reprodução
O ganhador da Mega-Sena assassinado, René Senna, e a viúva, Adriana Ferreira Almeida
O ganhador da Mega-Sena assassinado, René Senna, e a viúva, Adriana Ferreira Almeida

O advogado de Adriana pediu a suspensão do julgamento depois que duas testemunhas citaram a presença do pai da ré nos arredores da fazenda no dia do assassinato de Renné Senna.

Costa afirma que foi "surpreendido" pelo fato, o que tornaria indispensável a presença do pai de Adriana no julgamento. "Estou pedindo para suspender o júri e ir em diligência buscar a testemunha", explica.

A juíza Roberta dos Santos Costa pediu um intervalo para analisar a questão. A presença do pai de Adriana veio à tona no depoimento de um dos antigos de seguranças de Renné e de Creusa Almeida, mãe da ex-cabeleireira. Ela afirmou que a filha foi buscar o pai na rodoviária e o deixou na cidade porque os dois (mãe e pai de Adriana) não mantêm um bom relacionamento.

Creusa disse ainda que, na época da morte de Renné, foi forçada pelos policiais da delegacia de homcídio a depor ainda na fazenda, mesmo tendo afirmado que era analfabeta.

Este é o terceiro dia do julgamento dos acusados de matar Renné.

Além de Adriana, outros três acusados estão sendo julgados: a professora de educação física Janaína Sousa e os PMs Ronaldo Amaral, o China; e Marco Antônio Vicente. Todos são acusados de homicídio duplamente qualificado --por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Segundo informações do tribunal, o julgamento deve durar, no mínimo, quatro dias.

O CASO

Senna foi morto em 2007, dois anos após ganhar R$ 51,8 milhões na Mega-Sena. A viúva teria se aliado a uma amiga e a quatro ex-seguranças do milionário para cometer o crime.

Deficiente físico --Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes--, o ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito. Almeida é apontada como a mandante do crime.

O ex-PM Anderson Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, acusados de serem os autores dos disparos, foram condenados, em julho de 2009, a 18 anos de prisão pelo assassinato de Senna e pelo crime de furto qualificado.

Em junho o juiz Marcelo Chaves Espíndola, da comarca de Rio Bonito, julgou improcedente o pedido de reconhecimento de união estável entre Almeida e Senna.

Desde a morte de René, a cabeleireira trava uma batalha judicial com Renata Almeida Senna, única filha do milionário, pelos bens deixados pelo ex-lavrador. O pedido de reconhecimento de união estável foi feito pela própria acusada.

 

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