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Operação contra milícias prende 16 pessoas no Rio; 10 são policiais
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DO RIO
Uma operação policial feita nesta quinta-feira resultou na prisão de 16 pessoas acusadas de envolvimento com milícias que atuam nos bairros de Brás de Pina e Cordovil, na zona norte do Rio. Até o fim da manhã foram cumpridos 19 dos 30 mandados de prisão expedidos pela Justiça -- três pessoas já estavam detidas.
Entre os presos estão um policial civil e nove policiais militares (cinco deles do 16º Batalhão). Dos policiais procurados, apenas um inspetor da Polícia Civil continuava foragido até as 19h. Todos foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por formação de quadrilha armada.
Batizada de "Operação Lobão", a ação contou com a participação de 250 policiais. O objetivo é desarticular três quadrilhas de milicianos.
As investigações, que duraram cinco meses, foram conduzidas pela CGU (Corregedoria Geral Unificada) e pela Draco (Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado), com apoio do Ministério Público Estadual.
Segundo o delegado da CGU Marcelo Fernandes, responsável pelo inquérito, ficou comprovado nas investigações que as milícias exerciam domínio armado sobre a região e exploravam serviços clandestinos de TV a cabo e internet, além de transporte alternativo.
O órgão ainda investiga a participação de milicianos em homicídios ocorridos no local. O inquérito foi instalado após uma tentativa de assassinato supostamente praticada por integrantes de uma milícia contra um membro de outra.
O delegado disse que não foi possível apurar o faturamento dos bandos, mas afirmou que a região era muito "lucrativa". Como exemplo, citou o preço cobrado pela chamada "gatonet": R$ 30 por mês. De acordo com ele, a região tem cerca de 20 mil moradores.
Fernandes afirmou ainda que uma das milícias era comandada pelos irmãos André Luiz Menezes e Adilson Menezes, sargentos da PM. Eles já haviam sido presos na operação Herdeiros, realizada na semana passada pela secretaria.
Outra milícia, que se intitulava "Bando 556", em referência ao calibre do fuzil utilizado por seus integrantes, tinha como líderes um sargento do Exército e um policial militar.
O terceiro grupo chama-se "Bando dos Galáticos" e é chefiado, de acordo com a CGU, pelo sargento da PM Márcio Gabriel Simão.
A reportagem não conseguiu contato com os detidos, que foram levados para diferentes unidades prisonais.
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