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18/01/2012 - 00h00

Clarice Della Torre Ferrarini (1921-2012) - Pioneira da enfermagem no país

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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

A vida de enfermeira é como uma rosa, comparou Clarice Della Torre Ferrarini em 1968, ao receber uma homenagem: traz espinhos consigo, mas também o perfume que a torna mais alegre.

Leia sobre outras mortes

Por meio século, a enfermeira nascida em São José do Rio Pardo (SP) e formada em 1943, na Escola Anna Nery, no Rio, dedicou-se ao Hospital das Clínicas de São Paulo.

Chefiou o setor de enfermagem da instituição por mais de 20 anos (dos primórdios, nos anos 40, a 1969, quando se aposentou) e atuou como assessora. "Casada" com o HC desde que vestiu seu jaleco, como brincavam, só se aposentou do hospital (onde chegou a morar) nos anos 90.

Em 1968, participou do primeiro transplante cardíaco do país, realizado pelo médico Euryclides Zerbini, de quem foi assistente. Implantou a UTI do pronto-socorro.

Também ajudou a criar o conselho regional de SP e federal de enfermagem, presidiu a associação brasileira da categoria e dirigiu a Divisão Nacional de Organização de Serviços de Saúde no Ministério da Saúde, nos anos 70.

Especializada em administração hospitalar nos EUA, trabalhou ainda na estruturação de hospitais em Minas, Rio Grande do Sul, Acre e SP.

Em 1976, recebeu um prêmio de mulher do ano.

Era muito independente, conta a irmã Maria Odette. A partir de 1996, ajudou a administrar o Juquehy Praia Hotel, da família. Ficou até 1999. Começou a delegar pequenas coisas à família, que desconfiou. Estava com Alzheimer.

Morreu na quinta, aos 90. Era solteira. A missa do sétimo dia será hoje, às 19h30, na paróquia Dom Bosco, em SP.

 

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