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02/02/2012 - 12h26

Duas vítimas de acidente em frigorífico do MS continuam na UTI

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DE SÃO PAULO

Dois funcionários do frigorífico Marfrig, em Bataguassu (MS), permanecem internados na UTI da Santa Casa de Presidente Prudente (558 km de São Paulo). O acidente provocou liberação de gás tóxico na última terça-feira e deixou quatro pessoas mortas.

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O acidente aconteceu durante o descarregamento de 10 mil litros de um agente à base de sulfidrato de sódio em um dos três tanques instalados no curtume (lugar onde é feito o processamento de couro) da empresa. De acordo com os bombeiros, a área não tem certificado de vistoria da corporação e atuava de forma irregular.

Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, Vinícius Alcântara Gartiner, 24, ainda está sedado e respira com a ajuda de aparelhos. Ele desenvolveu pneumonia, mas seu quadro é considerado estável. Já Sidney da Silva Vitorio, 39, foi retirado da sedação e passa por avaliação.

Um terceiro funcionário também permanece internado, mas já foi encaminhado da UTI para o quarto. Leonardo Oliveira Silva, 36, já está fora de risco.

Segundo a Secretaria de Saúde de Bataguassu, 28 pessoas passaram mal em decorrência do acidente e, destas, 21 foram internadas. Os 18 funcionários, que estavam internados em Bataguassu, já foram liberados.

Editoria de Arte/Folhapress

MULTA

A Polícia Militar Ambiental multou em R$ 1 milhão o frigorífico após o acidente em um curtume (lugar onde é feito o processamento de couro).

De acordo com a PM, a multa foi aplicada em virtude da poluição causada pelo gás que foi liberado em decorrência de uma reação química. A corporação ressalta, porém, que o valor poderá ser ampliado ou reduzido pelo Instituto de Meio Ambiente, ao final do processo administrativo.

ACIDENTE

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o acidente aconteceu durante o descarregamento de 10 mil litros de um agente à base de sulfidrato de sódio em um dos três tanques instalados no curtume.

O motorista relatou que, depois de ter descarregado aproximadamente 600 litros, houve uma reação química com uma substância desconhecida, o que levou à formação de uma massa de gás.

Três funcionários que estavam em uma estrutura acima do tanque desmaiaram logo depois da propagação do gás tóxico. Outro homem ainda tentou descer as escadas e sair do local, mas desmaiou no caminho.

Os quatro funcionários morreram: Edimar Felisbino da Silva, Karl Matheus Luft, Waldir Henrique Raimundo e Marcus Vinicius da Silva Melo. Dos quatro mortos, três moravam em Bataguassu e um era de Presidente Epitácio (SP).

O professor de química da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Silvio César de Oliveira diz que o sulfidrato de sódio é um agente redutor usado em curtumes para retirar o pelo do couro bovino. Em meio ácido, numa reação química, essa substância pode levar à formação do ácido sulfídrico, altamente tóxico e corrosivo.

Segundo os bombeiros, o motorista fechou a válvula de descarregamento do caminhão e afastou-se.

Em nota, a assessoria do Grupo Marfrig informou que a unidade de curtume foi evacuada e que as causas do acidente serão apuradas.

O grupo Marfrig, dono da marca Seara, deve se tornar a maior processadora de carnes do mundo neste ano, após receber os ativos da Brasil Foods. Possui fábricas na Argentina, Chile, México, Uruguai, Estados Unidos, França, Holanda, Reino Unido, África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul e Tailândia.

 

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