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10/02/2012 - 23h46

Após assembleia, PMs decidem continuar greve na Bahia

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

PMs da Bahia representados pela Aspra (Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares) decidiram que a greve da classe vai continuar, após reunião realizada em Salvador nesta sexta-feira.

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Na saída da assembleia, por volta de 20h, os grevistas repetiram o mesmo refrão que entoavam na Assembleia Legislativa durante a invasão: "ôôô, a PM parou, o carnaval acabou, a culpa é do governador".

No entanto, para o comando da PM baiana, a greve já acabou. "A greve, na minha ótica, acabou. Tudo tem um começo, um meio e um fim, e o fim da greve está decretado", afirmou o comandante-geral da PM, Alfredo Castro. "Existe uma minoria que está resistindo à volta ao trabalho", completou ele.

Uma nova assembleia está marcada para as 16h de sábado.

Um dos líderes da greve, Ivan Leite, disse que "a tropa não vai ceder às ameaças. O governo vai ter que cortar o ponto de muita gente".

Após a assembleia de hoje, os PMs passaram a reivindicar a libertação das quatro lideranças presas e o pagamento da GAP-4 até dezembro deste ano e da GAP-5 ao longo de 2013.

BAHIA

O comando da Polícia Militar baiana afirmou nesta sexta-feira que o movimento grevista da categoria enfraqueceu em relação aos últimos dias. Segundo o comandante-geral, Alfredo Castro, 85% da categoria já retornou às ruas e a perspectiva é chegar aos 100% neste fim de semana.

Apesar da avaliação do comandante, o clima em Salvador ainda é de insegurança. As escolas particulares permanecem fechadas. Bares e restaurantes estão fechando mais cedo. Apresentações, como o ensaio da Timbalada, marcado para o dia 12, continuam sendo adiadas.

Segundo o comandante, o projeto de reajuste salarial elaborado pelo governo --que chamou de "acordo", apesar de ter sido recusado pela categoria-- será encaminhado à Assembleia Legislativa para votação. Os grevistas, que decidiram ontem manter o movimento, voltarão a se reunir hoje à tarde para nova avaliação.

Os policiais militares baianos estão em greve desde o dia 31 de janeiro e reivindicam reajuste salarial. Eles invadiram a Assembleia Legislativa e permaneceram no local por mais de uma semana. Ao deixarem ao local, após terem a água e a luz do local cortados, dois líderes do movimento foram presos.

Marcello Casal Jr-8.fev.12/Agência Brasil
Policiais em greve fazem oração em frente à Assembleia Legislativa da Bahia; categoria começa a deixar prédio
Policiais em greve fazem oração em frente à Assembleia Legislativa da Bahia; categoria começa a deixar prédio

GREVE

A greve dos PMs da Bahia começou na semana passada. Eles reivindicam aumento salarial e a incorporação de gratificações aos salários.

Em entrevista à Folha, o governador Jaques Wagner (PT) disse que não pagaria nada acima do reajuste já concedido ao funcionalismo do Estado. Na terça (7), porém, o governo passou o dia negociando com líderes grevistas, mas a reunião foi suspensa sem acordo.

O impasse ficou por conta dos 12 mandados de prisão expedidos contra PMs grevistas. Prisco afirmou na ocasião que ninguém retornaria ao trabalho sem que houvesse uma anistia geral.

Na segunda-feira, diversos focos de tumulto ocorreram no local, e os militares usaram balas de borracha e bombas de efeito moral para conter os ânimos.

Christophe Simon/France Presse
Tropas do Exército entram no prédio da Assembleia após grevistas deixarem o local
Tropas do Exército entram no prédio da Assembleia após grevistas deixarem o local
 

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