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TJ-MG rejeita denúncias contra quatro réus do caso Bruno
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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
Pela segunda vez, a 4ª Câmara Criminal do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) rejeitou nesta quarta-feira recurso do Ministério Público tentando enquadrar outros quatro réus no crime de homicídio e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, a ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza.
Entenda o caso envolvendo o goleiro Bruno
Advogado do goleiro Bruno diz que Eliza Samudio está morta e culpa Macarrão
São eles: Dayanne Souza (ex-mulher de Bruno), Fernanda Castro (ex-namorada do goleiro), Elenilson Vitor da Silva (administrador do sítio de Bruno) e Emerson Souza, o Coxinha (amigo).
Esses quatro réus, que aguardam o julgamento em liberdade, respondem ao processo sob acusação de sequestro e cárcere privado de Eliza. Todos eles negam as acusações.
Em agosto do ano passado, a 4ª Câmara Criminal negou o pedido do Ministério Público. Naquela mesma audiência, os desembargadores não acataram os recursos das defesas dos réus e confirmaram que o goleiro Bruno e outros três réus vão ser julgados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver.
Ricardo Cassiano -23.jan.2012/Folhapress | ||
O goleiro Bruno Fernandes, 25, sai, com uma Bíblia em mãos, da Divisão de Homicídios |
Além de Bruno, irão a julgamento Luiz Henrique Romão, o Macarrão (amigo e secretário de Bruno), Sérgio Rosa Sales (primo do goleiro) e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola (ex-policial e suposto autor do homicídio). Bruno, Macarrão e Bola aguardam presos o julgamento, que ainda não tem dada para acontecer.
Em comunicado expedido nesta tarde, o TJ-MG informou que o desembargador relator, Herbert Carneiro, disse que "inexiste omissão, obscuridade, contradição ou ambiguidade no acórdão guerreado". Por isso entende que os outros quatro réus só vão a julgamento pelos crimes de sequestro e cárcere privado. Alegou ainda que o pedido foi rejeitado anteriormente "com fundamentos expostos com clareza e objetividade".
Os desembargadores Eduardo Brum e Júlio Cezar Guttierrez acompanharam o relator na decisão.
Eliza Samudio desapareceu em junho de 2010. Ela pedia pensão para o filho que teve com o goleiro Bruno. Segundo a denúncia, Bruno não queria pagar e, por isso, montou um plano para matá-la com ajuda de Macarrão.
O corpo de Eliza nunca foi encontrado. As principais provas são o sangue dela encontrados em uma Land Rover do goleiro, então jogador do Flamengo, e objetos dela e do bebê deixados no sítio do jogador.
Um adolescente primo do goleiro cumpre medida socioeducativa pelo crime.
Todos os réus negam ter havido crime.
No começo deste mês, o advogado de Bruno, Rui Pimenta, disse à "TV Folha" que, pela primeira vez, Bruno vai admitir à Justiça que Eliza está morta e que o mandante foi Macarrão, que mandou matar por ciúmes e à revelia do goleiro.
Por causa da declaração, o então advogado de Macarrão renunciou, por considerar que poderia estar havendo um arranjo para beneficiar o goleiro. O novo advogado de Macarrão, Leonardo Diniz, disse não concordar com a fala de Pimenta, mas evitou replicar.
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