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11/05/2012 - 20h40

Sem-teto tentam resistir a ordem de despejo em Belo Horizonte

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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

Cerca de 350 sem-teto tentam resistir desde a manhã desta sexta-feira (11) a uma ordem judicial de desocupação que a Polícia Militar acompanha no distrito do Barreiro, região oeste de Belo Horizonte.

Há três semanas, as famílias invadiram um terreno que a Prefeitura de Belo Horizonte diz ser área de preservação do município.

No final da manhã, cerca de 400 PMs, com cães, iniciaram a desocupação. Os pertences das famílias foram colocados em caminhões da prefeitura, as barracas de lona foram destruídas, mas as pessoas se recusaram a deixar o terreno.

Até uma comissão foi formada para ir a Betim (região metropolitana de BH) e tentar ajuda com a presidente Dilma Rousseff, que estava na cidade entregando casas do programa Minha Casa, Minha Vida. O prefeito de BH, Marcio Lacerda (PSB), estava com ela.

O advogado Elcio Pacheco buscava no começo da noite revogar a ordem de despejo na Justiça. Um dos argumentos citados é que a prefeitura não comprovou ser dona do terreno. Segundo ele, a área pertenceria à Codemig (empresa pública estadual).

Padre João/Divulgação
Cerca de 350 sem-teto tentar resistir a uma ordem de despejo em Belo Horizonte; grupo diz que vai recorrer
Cerca de 350 sem-teto tentar resistir a uma ordem de despejo em Belo Horizonte; grupo diz que vai recorrer

Em nota, a Polícia Militar informou que são 363 pessoas no terreno de 400 m2, em 80 barracas. A polícia argumentou que a desocupação "está acontecendo de forma pacífica".

O tenente-coronel Marcelo Correa, do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), disse que a PM agiu sempre dentro da legalidade e que "a questão social está sendo atendida porque as pessoas vão para um abrigo".

Os coordenadores do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas), que organizam os sem-teto da chamada ocupação Eliana Silva, criticaram a prefeitura e rejeitaram a oferta de colocar os invasores em um abrigo municipal.

"Aquilo é campo de concentração", disse Leonardo Péricles, um dos coordenadores, que afirma que o terreno está abandonado e serve ao tráfico de drogas. Ele prometeu continuar resistindo.

 

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