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RJ investiga mal homicídios praticado por policiais, diz relatório
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MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
Relatório elaborado pela Human Rights Watch concluiu que a polícia do Rio investiga mal e registra de forma incorreta homicídios praticados por policiais.
De acordo com o documento, de oito páginas, o resultado disso é a impunidade.
A carta foi enviada ontem ao governador, Sérgio Cabral e a toda cúpula da secretaria de Segurança Pública.
A assessoria de imprensa da secretaria de Segurança Pública informou que ªas recomendações da Human Rights Watch serão analisadas pela secretaria para estudar sua eficácia e viabilidadeº.
"Realizamos entrevistas com moradores, policiais e reuniões com o governo estadual. Reconhecemos inovações como a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), mas o quadro mostra que a impunidade permanece", afirma Stephanie Morin, pesquisadora do Human Rights.
A carta enviada ao governador Cabral foi com base no relatório "Força Letal: Violência Policial e Segurança Pública no Rio e em São Paulo". Este documento foi elaborado em 2009.
Depois deste levantamento, os pesquisadores retornaram ao Rio no ano passado para apurar medidas tomadas pela Secretaria de Segurança Pública.
Eles destacam como pontos positivos a instalação das UPP's e o sistema de metas de delegacias e batalhões, que premiam, financeiramente, os policiais que reduzirem crimes em suas áreas de atuação.
Os delitos que devem ser reduzidos são homicídios, roubo de veículos e assaltos.
Para os pesquisadores do Human Rights essas medidas são importantes mas não punem os autores de crimes. Principalmente, policiais.
Foram encontrados registros de ocorrência preenchidos de forma incorreta. Como por exemplo, PMs que informam a delegacias que jovens foram baleados por criminosos quando, na verdade, os autores dos disparos foram aos próprios policiais.
Também se constatou que não houve a preservação de locais de homicídios praticados por policiais.
Casos como do menino Juan, morto na Baixada Fluminense, ano passado, por PMs foi citado no relatório.
"É difícil determinar exatamente a dimensão da impunidade no Rio, mas dados oficiais apoiam o argumento de que a impunidade nesses casos é a regra", relata o documento assinado por José Miguel Vivanco, diretor da ONG.
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