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Day Neves Bezerra (1930-2012) - Capitão Day, militar até de pijama
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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Os colegas de trabalho de Day Neves Bezerra cumpriam seis horas diárias de trabalho e depois iam embora. Day ficava até completar oito horas.
O filho achava aquilo curioso e um dia questionou o pai, que lhe explicou: "Sou militar, recebo por oito horas de trabalho, tenho que estar no meu posto por oito horas".
Capitão Day, como era chamado, foi, segundo o filho, um militar no sentido amplo da palavra: sistemático, gostava de tudo muito correto e andava sempre impecável.
Filho de um sargento do Exército, nasceu em São João del Rei (MG). A mãe era prima de Tancredo Neves, também natural da mesma cidade.
De lá, foi para Barretos , onde atuou como instrutor do Tiro de Guerra e conheceu a mulher, Janet, professora.
Quando se mudaram para São Paulo, a mulher abriu o externato Alvorada. E Day tornou-se delegado do serviço militar, função na qual ficaria por mais de dez anos.
Nos desfiles de Sete de Setembro, costumava carregar a bandeira do Brasil, o que lhe enchia de orgulho, como conta o filho, Day Júnior --a família diz desconhecer a origem do nome, que já está na terceira geração, com Day Neto. Em casa, era chamado de Dayzão.
Entrou para a reserva como capitão há cerca de 30 anos e não sentia falta da rotina. "Sabia o tempo dele."
Viúvo há 17 anos, morreu na quinta (14), aos 82, após parada cardíaca. Teve dois filhos, quatro netos e bisneto.
A família quis enterrá-lo com suas estrelas de capitão, mas não conseguiu porque Day as trancou numa cristaleira. "Era um militar com farda ou sem farda, estrela ou sem estrela. Até de pijama."
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