Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/06/2012 - 00h00

Day Neves Bezerra (1930-2012) - Capitão Day, militar até de pijama

Publicidade

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Os colegas de trabalho de Day Neves Bezerra cumpriam seis horas diárias de trabalho e depois iam embora. Day ficava até completar oito horas.

Leia sobre outras mortes

O filho achava aquilo curioso e um dia questionou o pai, que lhe explicou: "Sou militar, recebo por oito horas de trabalho, tenho que estar no meu posto por oito horas".

Capitão Day, como era chamado, foi, segundo o filho, um militar no sentido amplo da palavra: sistemático, gostava de tudo muito correto e andava sempre impecável.

Filho de um sargento do Exército, nasceu em São João del Rei (MG). A mãe era prima de Tancredo Neves, também natural da mesma cidade.

De lá, foi para Barretos , onde atuou como instrutor do Tiro de Guerra e conheceu a mulher, Janet, professora.

Quando se mudaram para São Paulo, a mulher abriu o externato Alvorada. E Day tornou-se delegado do serviço militar, função na qual ficaria por mais de dez anos.

Nos desfiles de Sete de Setembro, costumava carregar a bandeira do Brasil, o que lhe enchia de orgulho, como conta o filho, Day Júnior --a família diz desconhecer a origem do nome, que já está na terceira geração, com Day Neto. Em casa, era chamado de Dayzão.

Entrou para a reserva como capitão há cerca de 30 anos e não sentia falta da rotina. "Sabia o tempo dele."

Viúvo há 17 anos, morreu na quinta (14), aos 82, após parada cardíaca. Teve dois filhos, quatro netos e bisneto.

A família quis enterrá-lo com suas estrelas de capitão, mas não conseguiu porque Day as trancou numa cristaleira. "Era um militar com farda ou sem farda, estrela ou sem estrela. Até de pijama."

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página