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22/07/2012 - 19h40

Mulheres organizam protesto no Rio contra proibição de partos em casa

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DA AGÊNCIA BRASIL

Movimentos sociais e feministas do Rio de Janeiro preparam um ato de repúdio às resoluções do Conselho Regional de Medicina do Estado(Cremerj) que proíbem a participação de médicos obstetras em partos domiciliares e a presença das doulas (acompanhantes) em ambientes hospitalares.

Apoiada pelo Grupo de Apoio à Maternidade Ativa (Gama), a manifestação está programada para o dia 5 de agosto, no Posto 9, em Ipanema.

Para a conselheira da Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento (ReHuNa), Ingrid Lotfi, a decisão do Cremerj, publicada no último dia 19, foi uma "retaliação" à Marcha pelo Parto em Casa, ocorrida no dia 17 de junho em várias cidades brasileiras.

A marcha foi convocada por meio das redes sociais após o Cremerj ter solicitado ao Cremesp (instituição homônima de São Paulo) a punição do obstetra Jorge Francisco Kuhn, que defendeu, em um programa de televisão, o direito de mulheres saudáveis optarem pelo parto domiciliar.

Ela defende que o Brasil adote práticas existentes em países desenvolvidos como Canadá, Holanda e Inglaterra, onde gestantes de baixo risco podem escolher dar à luz fora de hospitais.

"A gente tem o direito de escolher que o bebê nasça em casa. Há estudos que mostram que é tão seguro quanto o no hospital, se a gente tiver condições de saúde e tudo estiver bem."

O principal programa do governo para a maternidade, a Rede Cegonha, prevê que a gestante conheça previamente a unidade de saúde onde terá o bebê e tenha direito a um acompanhante, de livre escolha durante a internação.

Para o conselheiro do Cremerj, Luís Fernando Moraes, as resoluções pretendiam "proteger a mulher e seu filho na hora do parto".

O médico lembrou que o Conselho Federal de Medicina e a própria Sociedade de Ginecologia consideram o parto domiciliar "um retrocesso e inseguro". Para ele, em caso de problemas, a assistência à paciente será comprometida.

O intuito do Cremerj é proibir que o obstetra faça partos domiciliares. Os profissionais infratores responderão a processo disciplinar.

 

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