Reajuste único para servidores está descartado, afirma secretário

O secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, afirmou nesta quarta-feira que não haverá a definição de um percentual único de reajuste para todas as categorias do funcionalismo público federal em greve.

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"O reajuste linear está descartado. Porque o reajuste linear tem uma lógica diferente (...) [diante das] especificidades das carreiras", afirmou o secretário após reunião com técnicos-administrativos das universidades e institutos federais.

Segundo ele, servidores de uma mesma categoria podem receber, a exemplo dos técnicos, um percentual único de reajuste salarial. Mas isso não deve se repetir em carreiras diferentes. "A gente tem que lidar com a especificidade de cada carreira e, dado o nosso espaço orçamentário, [analisar] como isso rebate na negociação."

Ele disse que a intenção do Ministério do Planejamento é encerrar o debate com as categorias até a próxima semana. Até o fim de agosto, o governo encaminha ao Congresso Nacional a previsão orçamentária para o ano seguinte.

Greve de servidores

GREVE

O movimento grevista dos servidores públicos afeta, em potencial, mais de 60% do quadro de trabalhadores do Poder Executivo federal.

Ainda que a adesão não seja total, as carreiras mais numerosas que participam da paralisação somam 354 mil funcionários, para um total de 573 mil trabalhadores em atividade na administração direta, autarquias e fundações.

A Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), que reúne mais de 30 categorias, programou um "acampamento da greve" na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Uma marcha com servidores busca acontece hoje na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para pressionar o governo a dar uma resposta nesta semana.