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Duas mulheres são mortas em suposto caso de homofobia na Bahia
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EDER LUIS SANTANA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SALVADOR
Duas jovens que mantinham um relacionamento homoafetivo foram mortas por volta das 18h30 desta sexta-feira (24) em Camaçari, na região metropolitana de Salvador (BA).
As duas voltavam do trabalho quando foram abordadas por um homem armado que atirou e, em seguida, fugiu do local. O grupo que defende a igualdade de direitos dos homossexuais na cidade classificou o caso como homofobia.
Laís Fernanda dos Santos, 25, e Maiara Dias de Jesus, 22, moravam juntas e trabalhavam no mesmo estabelecimento de um centro comercial.
De acordo com a delegada Maria Tereza Silva, o principal suspeito do crime é um ex-namorado de uma das vítimas, que estaria inconformado com o término do relacionamento. O nome do rapaz não foi revelado.
O tesoureiro do GGC (Grupo Gay de Camaçari), Paulo Costa, disse que o suspeito chegou atirando em uma das vítimas. A segunda garota foi alvejada enquanto tentava impedi-lo de efetuar mais disparos. "É a típica cultura machista do homem que odeia o fato de ser trocado por outra mulher", disse Costa.
Foi o terceiro caso de crime supostamente motivado por homofobia registrado em Camaçari neste ano. Há dois meses, os irmãos gêmeos José Leandro da Silva e José Leonardo, 22, foram espancados enquanto voltavam de uma festa. Eles andavam abraçados e teriam sido confundidos com um casal homossexual.
Os agressores utilizaram um paralelepípedo para atacar as vítimas. José Leonardo morreu após ficar internado em estado grave com ferimentos na cabeça. Os acusados estão presos à disposição da Justiça.
Um terceiro caso ocorreu poucos dias depois, quando um travesti foi assassinado. Neste domingo (26), membros do GGC pretendem protestar contra a homofobia durante a parada gay de Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, a 107 quilômetros de Salvador
"Camaçari possui políticas públicas para o público GLBT [Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros], mas há uma reação lamentável de quem tem preconceito. Por isso não retrocedemos nas ações para punir quem comete crimes", disse Costa.
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