Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/09/2012 - 20h40

Régis Bittencourt é liberada após protesto, mas lentidão continua

Publicidade

DE SÃO PAULO

A rodovia Régis Bittencourt, principal ligação de São Paulo com a capital do Paraná, foi liberada na noite desta terça-feira após ficar fechada nos dois sentidos por cerca de duas horas e meia.

Juíza sofre ameaça após determinar reintegração em Embu
Sem-teto ocupam área da CDHU na Grande SP desde março

Manifestantes sem-teto colocaram entulho na rodovia e atearam fogo no material por volta das 17h30, bloqueando a passagem de veículos nos dois sentidos na altura do km 279, em Embu das Artes (Grande São Paulo). Também foram fechadas as ligações da Régis com o trecho oeste do Rodoanel.

Fabio Braga/Folhapress
Sem-teto bloqueiam rodovia Régis Bittencourt em Embu das Artes, na Grande São Paulo
Sem-teto bloqueiam a rodovia Régis Bittencourt em Embu das Artes, na Grande São Paulo

Segundo o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar participaram da negociação para liberar a via. Eles só decidiram sair quando receberam a confirmação de uma reunião com a Secretaria Estadual da Habitação, marcada para a próxima terça-feira (11).

O protestou provocou grandes trechos de lentidão nas duas vias. Na Régis, ela chegou a dez quilômetros no sentido Curitiba e seis no sentido São Paulo, o que fez a concessionária recomendar aos motoristas que não usassem a via.

No Rodoanel, a lentidão atingiu 18 quilômetros no sentido litoral, do km 11 ao km 29.

Por volta das 20h30, a lentidão permanecia nas duas rodovias apesar da liberação.

PINHEIRINHO

Os manifestantes pedem que o governo do Estado viabilize um terreno no Parque Pirajussara, em Embu das Artes, para a construção de moradias populares.

Segundo Guilherme Boulos, coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), o governo havia se comprometido com o projeto, mas até agora não enviou um projeto de lei para a Assembleia Legislativa.

Segundo ele, o terreno de 450 mil m² pertence à CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e poderia abrigar 1.500 famílias. Ele foi invadido em março e hoje abriga cerca de 2.800 famílias sem-teto.

O local é chamado pelo movimento "Pinheirinho de Embu", pois algumas famílias moravam no terreno de São José dos Campos (a 97 km de SP) que teve uma grande reintegração de posse no início do ano.

A CDHU informou que a área é destinada à construção de 1.300 moradias populares, mas que o projeto está suspenso devido a uma ação judicial proposta pelo movimento ambientalista Pró-Parque Ecológico, Cultura e Lazer do Pirajussara. A companhia diz que já acionou a Justiça para tentar liberar a obra.

A CDHU disse ainda que a Secretaria da Habitação "está em contato com as famílias para ajudá-las a solucionar o problema" e que "todos os pontos apresentados pelos manifestantes já estão sendo atendidos ou estão em negociação".

Entre as propostas apresentadas foi a concessão de auxílio-moradia para 400 famílias, o que, segundo a pasta, foi negada pelos sem-teto. Ainda segundo a CDHU, a secretaria assegurou quatro áreas para a construção de moradias na Grande São Paulo, duas em Taboão da Serra e duas em Itapecerica da Serra.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página