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18/09/2012 - 16h29

Padrão nos cruzamentos ajudou campanha de pedestres em Brasília

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CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Ao contrário de São Paulo, onde existem 52 tipos diferentes de cruzamentos, Brasília possui ruas mais padronizadas, com as faixas de pedestres geralmente dispostas no meio da quadra e sem semáforo.

Cruzamentos sem padrão confundem pedestres em SP
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A capital do país implementou seu próprio programa de proteção ao pedestre há 15 anos e a campanha foi tão bem sucedida que serviu de modelo para outras iniciativas no restante do país, inclusive São Paulo. O número de mortos caiu em 50% (825 para 380) em três anos.

Para Luiz Carlos Néspoli, a geometria da cidade facilitou o sucesso da campanha na capital federal. "Isso não tira o mérito do programa de Brasília, porque o comportamento do motorista de lá era tão ruim quanto o de qualquer outra cidade. Mas do ponto de vista da comunicação (regras mais simples, desenhos mais simples), é melhor para um programa educativo."

O especialista em segurança no trânsito Eduardo Biavati concorda. "O fato de Brasília ter só três ou quatro configurações diferentes pode ter ajudado no programa. Esse monte de configurações de São Paulo é uma zona, um desafio inviável para a educação de trânsito."

Ele diz que o traçado viário em Brasília, principalmente no Plano Piloto, é todo retilíneo, com faixas em meio de quadra, que muitas vezes antes estavam próximas dos cruzamentos, mas foram sendo adequadas.
Mas destaca o "esforço da população" para o sucesso da campanha.

MOTORISTA CIDADÃO

Já o urbanista de mobilidade Nazareno Stanislau Affonso, que foi um dos responsáveis pela campanha de Brasília, não vê relação direta entre a padronização dos cruzamentos com o sucesso do programa, que ele atribui, principalmente, a um primeiro momento de educação voltada para o motorista e para a redução de acidentes.

"Em menos de três meses, para nossa surpresa, o motorista começou a parar na faixa para a travessia do pedestre, tornando-se motorista cidadão de trânsito. Hoje, quando o motorista não respeita a faixa, é xingado."

Mas a campanha também trabalhou na pintura de faixas, colocação de placas e mudanças de local das faixas, para garantir a segurança do pedestre, diz Affonso.

Editoria de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress
 

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