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24/09/2012 - 07h00

Arma vai alimentar o crime, diz dono da empresa de segurança roubada

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RICARDO BUNDUKY
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
JOSMAR JOZINO
DO "AGORA"

Um dos donos da empresa de segurança privada Quality, que teve grande quantidade de armas roubadas na manhã de ontem, na zona oeste de São Paulo, estima o prejuízo em torno de R$100 mil.

Foram levadas 60 armas --16 espingardas calibre 12 e 44 revólveres calibre 38--, além de munições, 15 coletes à prova de balas e cinco radiocomunicadores.

"O que a gente lamenta é não poder ter repelido a ação, que já aconteceu com outras empresas e com o mesmo modus operandi. O maior prejuízo é saber que essas armas vão alimentar o crime.", diz Marcelo Oscar Ferlini, 57, empresário argentino que vive no Brasil há 24 anos e diz trabalhar há 30 no ramo de segurança.

Segundo ele, o arsenal estava em uma sala protegida com grades e portas de chapa metálica. O alarme, segundo ele, não estava ativado no momento porque a empresa estava em funcionamento.

Ele diz que os itens roubados não comprometerão o atendimento aos cerca de 40 clientes.

editoria de arte/folhapress

O ROUBO

De acordo com a Polícia Civil, por volta das 7h, três criminosos entraram na Quality Inteligência em Segurança, que funciona em uma rua do Jardim Bonfiglioli, área residencial de classe média.

A polícia não tinha suspeitos. Em outros casos, armamentos roubados em grande quantidade foram parar nas mãos do crime organizado.

Em 2009, armas levadas de um centro de treinamento em Ribeirão Pires (Grande São Paulo) foram achadas no Rio, em áreas onde então atuavam as facções Comando Vermelho e Terceiro Comando.

Antes, o bando rendeu um vigilante da empresa, de 36 anos. Em depoimento no 14º DP (Pinheiros), ele disse ter sido atacado por dois homens armados em uma passarela sobre a rodovia Raposo Tavares, a 400 m da Quality.

Ele contou ter sido ameaçado de morte e levado à empresa, onde outro vigia, de 23 anos, o aguardava para a troca de turno. O segundo vigilante afirmou que viu o colega sob a mira das armas e foi obrigado a abrir o portão.

Em seguida, abriu a garagem para a entrada do terceiro assaltante, que estava em uma Fiorino branca, usada para transportar o arsenal.

Os vigilantes também contaram que foram obrigados a levar o bando à sala de monitoramento, onde os criminosos danificaram as câmeras.

Os dois vigilantes foram deixados pela quadrilha em Carapicuíba. A Polícia Civil investiga se os ladrões receberam informações privilegiadas e se houve a participação de funcionário no crime.

 

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