Publicidade
Publicidade
Menina que recebeu doação de leite materno de atriz estrela campanha
Publicidade
DENISE MENCHEN
DO RIO
Quando teve seu segundo filho, há quatro anos, a atriz Maria Paula doou para o SUS o excedente de leite materno que produzia. O gesto beneficiou a pequena Julia Victoria, que estava internada em uma UTI neonatal após nascer prematura. Agora, Maria Paula, Julia Victoria e Felipe, o filho da atriz, estrelam uma campanha do Ministério da Saúde para tentar aumentar o número de doadoras de leite materno no país.
"É uma sensação maravilhosa ver a Juju bem, com quatro anos, depois de ter enfrentado esse desafio tão precocemente", diz Maria Paula, que antes da campanha não sabia quem tinha recebido o leite doado por ela. "Eu falei para o meu filho que ela é a irmã de leite dele", contou a atriz nesta quinta-feira, no Rio, ao participar do lançamento da campanha ao lado do ministro Alexandre Padilha.
Segundo o ministro, o país quer aumentar em 15% ao ano o volume coletado pela rede de bancos de leite humano. Neste ano, o total arrecadado deve chegar a 200 mil litros.
Divulgação | ||
Cartaz da campanha de doação de leite materno do Ministério da Saúde |
Após a coleta, o leite é pasteurizado e passa por testes para verificar sua qualidade. Depois, é usado para alimentar bebês internados cujas mães não podem amamentar. Com isso, eles desfrutam dos benefícios do aleitamento, que aumenta a imunidade e contribui para a redução da mortalidade infantil.
O chefe do banco de leite do Instituto Fernandes Figueiras, da Fiocruz, no Rio, explica que a retirada do leite excedente já faz parte da rotina de muitas mães, que podem se tornar doadoras. O procedimento é importante para evitar fissuras e outros problemas nos seios, como a mastite, um processo infeccioso que pode ser bastante doloroso.
"Muitas mulheres hoje retiram esse excedente e jogam fora, mas ele é um produto excelente que pode ajudar muitos bebês", diz Franz Novak.
Segundo ele, no Rio de Janeiro a rede de bancos de leite só consegue atender 52% da demanda das UTIs neonatais. "Temos capacidade operacional para atender 100%, mas faltam doadoras", explica.
Outro problema apontado por Novak é a remuneração paga pelo SUS pelo procedimento de coleta, pausterização e armazenamento do leite. Ele aproveitou a visita do ministro para cobrar a atualização da tabela.
"A gente quer que o leite humano receba pelo menos o mesmo valor que o leite de vaca, de R$ 2", disse Novak a Padilha. Segundo o site do ministério da Saúde, hoje são pagos R$ 0,50 por cinco litros de leite materno pasteurizados.
Após ser interpelado, o ministro disse ao coordenador do banco de leite que irá aumentar o valor. Em entrevista após a cerimônia de lançamento, disse que é interesse do ministério fortalecer a rede.
"É um pedido para que a gente possa aumentar o valor pago para os municípios pelo procedimento. Isso nunca foi apresentado como uma demanda dos municípios para nós, mas nos foi apresentado hoje por técnicos da rede, e nós temos todo o interesse em fortalecer essa que é a maior, mais complexa e mais qualificada rede de bancos de leite humano do mundo inteiro", afirmou.
Quem quiser doar leite materno deve ligar para o banco mais próximo de sua cidade. A lista completa está disponível no site do governo. A mulher receberá instruções e potes para o armazenamento do leite. Ele deve ser conservado no congelador até a chegada da equipe do banco de leite, que vai até a casa da doadora.
+ Canais
- Acompanhe a editoria de Cotidiano no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias em Cotidiano
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice