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Anac abre processo para apurar incidente que fechou Viracopos
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DE SÃO PAULO
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que já instaurou um processo administrativo para investigar o incidente que provocou o fechamento da única pista do aeroporto de Viracopos, em Campinas (a 93 km de São Paulo), por 45 horas.
Viracopos leva 45 horas para tirar avião quebrado da pista
Retirada de avião poderia ter demorado 15 h a menos
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O aeroporto foi reaberto no fim da tarde de ontem após a retirada do avião cargueiro da Centurion que derrapou durante o pouso, na noite de sábado (13), teve o pneu estourado e tombou na pista. Ao todo, cerca de 500 voos foram cancelados nesse período prejudicando ao menos 25 mil passageiros.
A Anac afirmou que vai apurar o cumprimento do plano de emergência pela empresa aérea e pelo operador aeroportuário. Ainda de acordo com a agência, o resultado das investigações poderá resultar "em multas, restrições operacionais e até a suspensão das atividades da empresa aérea no país."
O plano de emergência é um documento que estabelece as responsabilidades no atendimento às emergências ocorridas no aeródromo ou em seu entorno. Ele contém o plano de remoção de aeronaves e de desinterdição, documento que tem como objetivo o retorno às operações na área onde ocorreu a emergência.
Marcelo Justo/Folhapress | ||
Equipes trabalham para retirar o cargueiro MD-11 da Centurion Cargo, que teve um pneu estourado no pouso |
DEMORA
Segundo a Infraero, o peso do avião e o deslocamento do combustível para uma das asas dificultaram a remoção. No domingo, a Centurion Cargo, responsável pela aeronave, usou um "recovery kit" (kit de restauração) --alugado da TAM e levado de São Carlos --para remover o avião.
O aeroporto e nenhuma das empresas que operam em Viracopos têm o equipamento. Colchões infláveis foram postos sob a asa, o trem de pouso e a cauda, mas não foi possível equilibrar o avião.
Segundo a representante da Centurion, Alba Hoffman, na madrugada de ontem houve nova tentativa, colocando um caminhão-prancha sob a turbina, que se rompeu. A remoção só ocorreu às 16h20.
Segundo Gianfranco Beting, diretor de comunicações da Azul --que opera 85% dos voos de Viracopos--, a paralisação deixou a empresa "de mãos atadas", dada a dificuldade de solucionar a situação de quase 25 mil passageiros.
"Companhia nenhuma está preparada para perder praticamente 100% de sua operação durante o dia", disse. Segundo ele, não havia vagas em hotéis nem ônibus e táxis suficientes para a demanda.
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