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16/10/2012 - 08h59

Anac abre processo para apurar incidente que fechou Viracopos

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DE SÃO PAULO

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que já instaurou um processo administrativo para investigar o incidente que provocou o fechamento da única pista do aeroporto de Viracopos, em Campinas (a 93 km de São Paulo), por 45 horas.

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O aeroporto foi reaberto no fim da tarde de ontem após a retirada do avião cargueiro da Centurion que derrapou durante o pouso, na noite de sábado (13), teve o pneu estourado e tombou na pista. Ao todo, cerca de 500 voos foram cancelados nesse período prejudicando ao menos 25 mil passageiros.

A Anac afirmou que vai apurar o cumprimento do plano de emergência pela empresa aérea e pelo operador aeroportuário. Ainda de acordo com a agência, o resultado das investigações poderá resultar "em multas, restrições operacionais e até a suspensão das atividades da empresa aérea no país."

O plano de emergência é um documento que estabelece as responsabilidades no atendimento às emergências ocorridas no aeródromo ou em seu entorno. Ele contém o plano de remoção de aeronaves e de desinterdição, documento que tem como objetivo o retorno às operações na área onde ocorreu a emergência.

Marcelo Justo/Folhapress
Equipes trabalham para retirar o cargueiro MD-11 da Centurion Cargo, que teve um pneu estourado no pouso
Equipes trabalham para retirar o cargueiro MD-11 da Centurion Cargo, que teve um pneu estourado no pouso

DEMORA

Segundo a Infraero, o peso do avião e o deslocamento do combustível para uma das asas dificultaram a remoção. No domingo, a Centurion Cargo, responsável pela aeronave, usou um "recovery kit" (kit de restauração) --alugado da TAM e levado de São Carlos --para remover o avião.

O aeroporto e nenhuma das empresas que operam em Viracopos têm o equipamento. Colchões infláveis foram postos sob a asa, o trem de pouso e a cauda, mas não foi possível equilibrar o avião.

Segundo a representante da Centurion, Alba Hoffman, na madrugada de ontem houve nova tentativa, colocando um caminhão-prancha sob a turbina, que se rompeu. A remoção só ocorreu às 16h20.

Segundo Gianfranco Beting, diretor de comunicações da Azul --que opera 85% dos voos de Viracopos--, a paralisação deixou a empresa "de mãos atadas", dada a dificuldade de solucionar a situação de quase 25 mil passageiros.

"Companhia nenhuma está preparada para perder praticamente 100% de sua operação durante o dia", disse. Segundo ele, não havia vagas em hotéis nem ônibus e táxis suficientes para a demanda.

 

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