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07/01/2013 - 00h01

Silvio Teixeira Momeira (1936-2013) - Advogado que dominava o latim

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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Silvio Teixeira Moreira passou dez anos dentro de um seminário em Manhumirim (MG) até ouvir do padre que não tinha vocação para a vida religiosa. A avaliação estava certa, pois Silvio encontrou no direito sua paixão.

Nascido em Ubaporanga (MG) --embora conste Inhapim (MG) em seu RG--, cresceu na mineira Caratinga.

Filho de um comerciante, foi trabalhar no Banco do Brasil depois da frustrada tentativa de ser padre. Dividia a atividade de bancário com as aulas na Faculdade Nacional de Direito, onde se formou em 1961. A partir daí, começou a advogar no Rio.

Foram nove anos como advogado, três como promotor no Estado de SP (morava em Sorocaba e atuava em São Roque) e 33 anos como juiz (aposentou-se em 2006, no Rio, como desembargador). De 2009 para cá, mantinha com o filho o Silvio & Gustavo Teixeira Advogados Associados.

Gustavo, seu filho advogado (e sócio), lembra que o pai era um contador de causos e piadas. Sobre a profissão que escolheu, brincava que "processo é igual a filho: perto, incomoda; longe, preocupa".

Também vivia dizendo provérbios em latim, língua que chegou a ensinar num colégio do Rio. No site Migalhas, de notícias jurídicas, matinha uma coluna, a Latinório.

Julgou casos importantes (como o do criminoso Escadinha), mas, discreto, não gostava de falar de nenhum deles. Em seu escritório, mantinha uma mesa de sinuca, uma de suas maiores paixões.

Casado com Maria Elisa, a Santinha, irmã do cartunista Ziraldo, morreu na quinta (3), aos 76, devido a um câncer. Teve três filhos e cinco netos.

coluna.obituario@uol.com.br

 

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