Rede elétrica deveria ser enterrada, diz morador de Alto de Pinheiros

O engenheiro civil eletricista Raymundo Medeiros, 76, é morador da região do Alto de Pinheiros afetada pela linha de alta-tensão.

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Ele é um idealizadores da ação contra a Eletropaulo, que começou em 2001 e está agora no STF, em Brasília.

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Folha - Como surgiu a ação entre os moradores contra a Eletropaulo, em 2001?*

Raymundo Medeiros - A nossa preocupação é com a saúde pública. A linha de transmissão passa muito perto das casas que existem aqui, isso é um absurdo. Os valores do campo eletromagnéticos são altos. As nossas normas estão erradas, mas no exterior, existem limites menores do que aqui.

Ocorreu algum tipo de acidente no passado por causa da linha de alta-tensão?

Tem um fato histórico nos anos 1960. Houve o desprendimento de um cabo no meio da rua, que atingiu o cavalo de um vigia que passava no local. O animal morreu na hora, mas o guarda conseguiu escapar do acidente.

Na sua opinião, qual seria a solução ideal para um caso como esse?

Não há dúvida de que tudo precisava ser enterrado. Todos concordam isso. Não é apenas a questão de saúde pública, existe ainda o aspecto urbanístico dessa questão. Essas torres deixam tudo muito feio. É uma aberração estética muito grande. O grande problema é o preço da conta. Fica muito caro e ninguém quer pagar.

No caso da saúde, qual é a principal preocupação?

O risco maior é para as crianças e para os idosos.