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Veja falhas apuradas na Kiss após incêndio que matou 235 pessoas
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DE SÃO PAULO
O advogado de um dos sócios da boate Kiss, que pegou fogo no último domingo (27), afirmou ontem que os proprietários revestiram por conta própria o teto do estabelecimento em cima do isolamento acústico. Mais barata, a espuma usada teria sido o ponto de início do incêndio.
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A intervenção no teto da casa noturna é uma das falhas que a polícia apura na boate. Além dela, são apontados também o alvará de funcionamento vencido e a superlotação. A boate tinha capacidade para apenas 691 pessoas, mas funcionária relatou ter separado mil comandas para a festa da noite da tragédia.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Além disso, a polícia apura a informação de que grades de metal usadas para separar as filas na calçada dificultaram a passagem de quem fugia. Relatos também apontam que os extintores não funcionavam e não havia iluminação para orientar as saídas da boate.
Apesar dos pontos apurados pela polícia, o advogado Jader Marques, que representa o sócio Elissandro Spohr, 28, nega a superlotação do local e afirma que "não havia nada de irregular" na casa noturna e que ela estava em plenas condições de funcionamento.
O fogo começou quando um integrantes da banda Gurizada Fandangueira usou um sinalizado no interior da boate atingindo o teto. Segundo o delegado regional Marcelo Arigony, o equipamento usado era destinado para ambientes externos e é mais barato que aqueles que podem ser usados em locais fechados.
Ao todo, 235 pessoas morreram em decorrência do incêndio e mais de 140 continuam internadas, sendo 75 em estado grave. Algumas pessoas que estavam na boate e conseguiram se salvar retornaram para hospitais nos últimos dias com sintomas como cansaço e falta de ar, típicos da pneumonite química.
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