Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/02/2013 - 19h58

Polícia diz ainda não saber causa de mortes após ressonância em Campinas

Publicidade

DE CAMPINAS

A Polícia Civil diz não ter identificado, até a noite desta quarta-feira (6), falhas de procedimento no exame de ressonância magnética no hospital particular Vera Cruz, em Campinas (a 93 km de São Paulo), onde três pessoas morreram após o atendimento, no último dia 28.

Exames descartam bactéria em soro usado em ressonância em Campinas (SP)
Homem vai para UTI após ressonância magnética em Guaratinguetá (SP
Mortes após ressonância magnética levam Anvisa a emitir alerta
Hospital de Campinas (SP) diz não saber causa das mortes
Vigilância Sanitária suspende soro após morte em Campinas
Três pacientes morrem após fazer ressonância em hospital de Campinas (SP)

Nesta quarta-feira, as equipes envolvidas na investigação do caso iniciaram a reconstituição dos três atendimentos feitos. Até o início da noite, apenas um havia sido concluído e o segundo estava em andamento, com previsão de que os trabalhos avançassem pela madrugada.

"Num primeiro momento, não foi identificado nenhum erro humano ou falha técnica nos processos", disse o delegado José Carlos Fernandes da Silva. "Por enquanto, nenhuma hipótese está descartada", afirmou quando questionado se as mortes podem ter sido causadas de forma proposital.

Na semana passada, o secretário municipal de Saúde, Cármino de Souza, já havia dito que o protocolo de atendimento foi seguido corretamente pelos profissionais, de acordo com as informações obtidas em depoimentos ao Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas.

As três vítimas --dois homens, de 36 e 39 anos, e uma mulher de 25-- foram ao hospital apenas para realizar exame de rotina. Não estavam internados ou em condições críticas de saúde. Eles fizeram a ressonância magnética no crânio e, cerca de meia hora depois, começaram a passar mal. Sentiram formigamento e convulsão e morreram.

As causas das mortes ainda são desconhecidas. A principal suspeita do IML (Instituto Médico Legal) e do Departamento de Vigilância em Saúde é que tenha havido contaminação química, que pode ter ocorrido tanto no soro como no contraste, substância utilizada para reforçar as imagens do exame.

Análises laboratoriais já descartaram as hipóteses de infecção bacteriana no soro e superdosagem do contraste.

A Secretaria de Saúde também diz não ter detectado falha nos aparelhos do exame. Das três vítimas, duas passaram por uma máquina e receberam um tipo de contraste. A outra foi atendida em uma máquina diferente, com outro contraste.

Outras 83 pessoas fizeram ressonância magnética no mesmo local naquele dia. Uma mulher foi atendida depois dos três pacientes. Ninguém mais teve qualquer reação.

Ainda faltam outras análises sobre as substâncias, por isso, seguem interditados no Estado de São Paulo os lotes de três tipos de soro (Eurofarma, Samtec e Equiplex) e de dois contrastes à base de gadolínio (Magnevistan fabricado pela Bayer e Dotarem fabricado por Guerbet).

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página