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Polícia lança site para cadastrar sobreviventes de incêndio na Kiss
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FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul colocou no ar nesta sexta-feira um site para cadastrar sobreviventes do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria. O objetivo é chamar para depor o maior número possível de pessoas que estiveram na casa noturna e obter mais detalhes das circunstâncias da tragédia.
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O cadastramento, dizem os policiais, também pode ajudar a elucidar se havia superlotação da boate no dia do incêndio.
Na página, o sobrevivente precisa informar dados pessoais e ainda responder se "possuí foto" da festa na qual ocorreu o incêndio ou se "foi hospitalizado".
Em uma segunda fase do cadastro, o participante deve informar o nome de pessoas que estavam com ele no evento. Para evitar que sejam inseridas informações falsas, o sistema aceita apenas um cadastro por IP (número que identifica o computador).
"Quero conversar com todas as pessoas que se cadastrarem. Se o cara mora a 500 quilômetros de Santa Maria, não tem importância. Ele será chamado na delegacia da cidade, que pega as informações", diz o delegado Sandro Meinerz.
A Polícia Civil já ouviu cerca de cem frequentadores da boate que presenciaram o incêndio. O número de sobreviventes é incerto --há testemunhas que relatam que mil pessoas compareceram à festa. A capacidade oficial da Kiss era de 691 pessoas, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
Os investigadores planejam fazer uma reconstituição do incêndio com sobreviventes dentro da boate, mas ainda não há uma data marcada. Segundo Meinerz, nem todas essas testemunhas serão chamadas para o procedimento.
Nesta semana, policiais ouviram bombeiros que trabalharam no resgate. A partir da próxima quarta-feira, mais depoimentos serão colhidos.
A Polícia Federal está ajudando no inquérito ao fazer a perícia de celulares e câmeras de vítimas da tragédia. Os policiais procuram fotos ou vídeos do momento em que o fogo começou a se espalhar pela casa noturna.
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