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20/02/2013 - 08h56

Julgamento de Gil Rugai será retomado hoje; irmão do réu irá depor

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DE SÃO PAULO

O julgamento do ex-seminarista Gil Rugai vai ser retomado por volta das 9h30 desta quarta-feira (20) no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. A expectativa é ouvir as oito testemunhas de defesa hoje, entre elas, o irmão do réu, Léo Rugai. O ex-seminarista é acusado de matar o pai e a madrasta em março de 2004.

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A última testemunha ouvida ontem (19), no segundo dia de julgamento, foi o perito especialista em crimes contra a vida Alberi Espíndola.

Em seu depoimento, o perito disse que seria possível recuperar imagens até 30 dias depois delas serem apagadas de um HD. Essa informação contesta a versão da polícia de que o vídeo de um shopping para onde Gil Rugai teria ido após o crime não poderia ser obtido porque havia sido apagado e outra gravação feita por cima.

Essas imagens foram solicitadas ao shopping duas semanas após o crime e não foram apreendidas.

O perito, formado em contabilidade, ainda afirmou que a perícia contábil feita para apurar os desvios e movimentações da empresa do empresário assassinado Luis Carlos Rugai foi incompleta.

O perito disse que a afirmação da polícia de que a guarita onde o guarda que disse ter visto Gil Rugai sair da casa onde as vítimas foram mortas foi queimada e não poderia ser periciada não existe. Para ele, seria possível até mesmo identificar o autor do incêndio, dependendo das provas colhidas.

Por fim, o perito quis mostrar que a porta que dá acesso à sala da casa onde ocorreu o crime foi arrombada após os assassinatos. Entretanto, a defesa não informou a intenção de reforçar neste ponto.

OUTROS DEPOIMENTOS

Também foram ouvidos ontem as duas últimas testemunhas de acusação, o instrutor de voo Alberto Bazaia Neto e o delegado Rodolfo Chiarelli, que presidiu o inquérito que investigou o caso.

Neto disse que seu aluno, Luis Carlos Rugai, contou que havia expulso o filho de casa após descobrir que ele havia desviado dinheiro da empresa dele.

A conversa teria ocorrido no dia 24 de março de 2004. O empresário e a mulher foram mortos quatro dias depois. A descoberta do desvio de dinheiro da empresa, segundo a acusação, teria motivado o réu a cometer o crime.

Na vez da defesa interrogar a testemunha, os advogados do ex-seminarista Gil Rugai insinuaram que o assassinato teria associação com o narcotráfico. Marcelo Feller, advogado de defesa, afirmou que o local onde o instrutor de voo trabalha foi considerado pela CPI do narcotráfico como um "dos grandes pontos de entrada e distribuição de drogas no país".

Em seguida, o delegado Rodolfo Chiarelli afirmou em seu depoimento que todas as provas comprovam que o ex-seminarista é o culpado pelas mortes. Ele ainda disse que em nenhum momento da investigação apareceram outros suspeitos ou outra linha a ser investigada e citou as provas coletadas pela polícia.

Os advogados de defesa de Gil Rugai tentaram desviar o foco do réu e apontar falhas na investigação do delegado responsável pela investigação do caso, Rodolfo Chiareli. Ele foi a última testemunha de acusação ouvida durante o julgamento.

O depoimento foi o mais longo do julgamento até então e durou cerca de seis horas, incluindo os minutos em que foi paralisado após um jurado passar mal. A defesa usou vídeos, fotos e desenhos para ilustrar seus argumentos.

Editoria de Arte/Folhapress
Inocente ou culpado? GIL RUGAI 17/02
 

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