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Repórter diz que fonte viu ação de policiais contra vigia no caso Rugai
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FELIPE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O repórter da TV Globo Valmir Salaro foi ouvido hoje durante o julgamento de Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta em 2004. No depoimento, ele disse que duas fontes relataram que policiais incendiaram a cabine do vigia apontado como testemunha chave do crime durante as investigações.
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O jornalista foi uma das testemunhas chamadas pela defesa de Rugai. A última pessoa arrolada pelos advogados do jovem é o irmão dele, Leo Grego Rugai, foi ouvida em seguida, no fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
Durante o depoimento, o repórter disse que as duas pessoas ouvidas por ele na época disseram que o incêndio foi provocado por dois policiais do DHPP (departamento de homicídios). Os nomes das fontes não foram informados, mas elas teriam visto o prefixo do carro do departamento usado pelos bandidos.
O repórter disse que informou à Corregedoria da Polícia sobre o caso e que foi informado que a ocorrência seria apurada. No entanto, a acusação disse que o órgão não encontrou nenhum registro desta investigação
O vigia que teria tido a guarita incendiada trabalhava na rua onde morava o pai de Rugai e prestou depoimento no primeiro dia de julgamento. Ele confirmou ter visto o ex-seminarista saindo da casa no dia do crime com outra pessoa, que ele não conseguiu identificar.
OUTRAS TESTEMUNHAS
Mais cedo já tinha sido ouvida uma outra testemunha de defesa, a professora de antropologia da USP Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer, que afirmou que no direito brasileiro há um princípio que afirma que, na incerteza sobre a materialidade ou autoria do delito, a decisão dos jurados deve favorecer o réu.
Antes da professora, o contador Edson Tadeu de Moura, da Referência Filmes, empresa do pai de Gil Rugai, disse que não é possível dizer se houve desvios de dinheiro da empresa. O réu é acusado de matar o pai e a madrasta em 2004 após uma suposta briga que teve com o pai sobre fraudes na empresa.
Esse é o terceiro dia de julgamento de Gil Rugai no fórum da Barra Funda. Nos dois primeiros dias, a defesa tentou colocar dúvidas sobre as provas e a autoria do crime, apontado inclusive possíveis falhas da investigação.
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