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Índios terão até quarta-feira para desocupar a área do antigo Museu do Índio
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MAÍRA RUBIM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
O defensor público da União Daniel Macedo entrou com um pedido na Justiça Federal para que seja revista a decisão que dá prazo até quarta-feira para a desocupação do prédio do antigo Museu do Índio, no Maracanã, zona norte do Rio.
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No fim da tarde de sexta-feira (15) os índios foram notificados de que teriam prazo de três dias úteis para desocupar o terreno que abrigou o museu de 1910 a 1977. O prazo termina no fim da tarde de quarta-feira.
Caso a decisão não seja revista, Macedo pede que o prazo para a desocupção seja ampliado para 15 dias.
"Pedi a extensão do prazo de desocupação para 15 dias para que o governo do Rio apresente uma proposta mais concreta" explica o defensor.
Na última semana, Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos propôs que os índios se mudassem para um local provisório. Caberia ao governo os custos da estadia, do transporte de bens e de alimentação. Para aqueles que preferissem, seria pago um aluguel social.
Da proposta fazia parte ainda a criação de um centro de referência dos povos indígenas e de um conselho estadual de direitos indígenas.
"O governo promete um centro de referência indígena, mas não informa o local onde ele será construído, o tamanho e quando isso vai acontecer. Também disseram que seriam disponibilizados 33 quartos para os índios no Hotel Santana, um abrigo que também recebe moradores de rua. O governo ainda diz que os índios terão direito a três refeições diárias neste local, mas índio não mora em hotel e não come quentinha " disse Macedo.
Desde a manhã, um carro da Polícia Militar faz plantão na entrada do terreno do antigo museu.
" Os policias chegaram por volta das nove horas. Ao meio dia, resolvemos fechar as portas para nos proteger já que os oficiais nos disseram que receberam ordens para permanecer aqui" conta o índio José Guajajara.
Os índios da Aldeia Maracanã começaram, hoje, uma vigília que conta com indígenas de outros estados e simpatizantes da cultura e da causa.
" Tenho frequentado o museu desde o dia 12 de janeiro. Acho que a luta deles é justa e digna. Eles moram aqui há 7 anos e o terreno faz parte da história do povo deles. Os índios são opiimidos até hoje, o que torna a luta desse povo mais urgente. É inacreditável o descaso do governo brasileiro com a questão indígena " fala André Basseres, professor.
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