Dentre os inúmeros profissionais que trabalharam atrás das câmeras para concretizar uma transmissão televisiva, Marco Mora integra o panteão nacional. Com mais de quatro décadas na Globo, foi o timoneiro do esporte na emissora nos últimos anos.
Sua aplicação à profissão era tida como impecável. Era "muito preocupado com a qualidade do que ia ao ar", diz o repórter Mauro Naves.
Quando ocorriam falhas, não poupava o responsável de broncas em alto e bom som –mas era justo e sincero. Defendia os seus pontos de vista com embasamento.
A posição direta e sem papas na língua passava confiança, e os incautos que superassem o susto inicial poderiam desfrutar de extremo carinho após conquistar o entrosamento com o "professor".
Paulistano, Marquinho começou a carreira como técnico no Teatro de Arena. De lá seguiu para a TV Tupi e, em 1972, para a Globo. Foi um dos responsáveis pela implantação do "Telecurso" e passou por diversas áreas, destacando-se na transmissão da Copa do Mundo de 1982 e assumindo a direção do "Esporte Espetacular" em 1987.
Desde então, foi diretor de Eventos e diretor-executivo da Central Globo de Esportes, de onde se aposentou em 2015.
"A intenção é sempre fazer o melhor para quem está em casa", disse, na ocasião, após homenagem de Galvão Bueno no "Bem Amigos", do SporTV.
"Para todos, o legado que fica é o de muito profissionalismo", afirma Mauro Naves.
Morreu na quarta-feira (3), aos 71, por insuficiência respiratória e falência de múltiplos órgãos. Deixa a mulher, Cristina, e o filho Eduardo.
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