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03/06/2010 - 09h03

Usineiro pode ir a júri popular pela morte de 2 pessoas no interior de SP

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HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO

O juiz José Roberto Bernardi Liberal, da Vara das Execuções Criminais de Araraquara (273 km de São Paulo), determinou que o usineiro Marcelo Cury seja julgado por um júri popular, por homicídio duplamente qualificado. O julgamento está previsto para 2010.

A defesa e também o Ministério Público podem recorrer da decisão no TJ (Tribunal de Justiça).

Esta é a terceira vez que a sentença de pronúncia manda Cury a júri popular. As duas anteriores --em 2001 e 2009-- foram proferidas pelo juiz Luiz Augusto Teotônio, de Ribeirão, mas a defesa recorreu ao TJ e as decisões foram anuladas porque os desembargadores entenderam que o juiz deu indícios de que estaria prejulgando o réu.

O usineiro, acusado de matar a tiros duas pessoas e ferir uma terceira, em abril de 1997, em uma briga de rua, responde ao processo desde o início em liberdade.
Liberal diz na sentença que há indícios da autoria do crime e que não há provas cabais de legítima defesa.

Cury será julgado por homicídio duplamente qualificado (impossibilitou a defesa das vítimas). Se a defesa recorrer alegando legítima defesa, o processo será encaminhado novamente ao TJ.

"Caso o TJ aceite a alegação de legítima defesa e anule o júri popular, o réu pode ser absolvido sumariamente, ou seja, será considerado inocente", disse o promotor Eliseu Berardo.

Já se o TJ indeferir o pedido da defesa, o réu vai a júri popular e pode ser condenado a pena máxima de 30 anos. A Folha tentou ouvir o advogado de Cury, Newton de Souza, de São Paulo, mas ele não quis falar.

Crime

O episódio em que o usineiro se envolveu em 5 de abril de 1997 ocorreu por volta das 20h em frente ao antigo bar Albano's, na avenida Presidente Vargas, tradicional point noturno dos anos 90 em Ribeirão Preto.

Após discutir e atirar em Marco Antônio de Paula, João Falco Neto e Sérgio Coelho, Cury fugiu para sua fazenda, de onde saiu com o então gerente Arquimedes de Ramos Neto.

O carro em que estavam, um Audi, capotou uma hora depois, em Araraquara. Ramos morreu. Dois dias depois, a Justiça decretou a prisão temporária de Cury, mas ele não chegou a ficar preso um dia sequer.

 

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