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09/07/2010 - 10h53

Justiça do Rio aguarda pedido de Minas para transferir jovem que viu morte de Eliza

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LIANA LEITE
DO RIO

A Justiça do Rio aguarda a chegada do pedido de transferência para autorizar a ida, para Minas Gerais, do adolescente de 17 anos que confirmou à polícia a morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes.

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Segundo o Tribunal de Justiça, o pedido feito pela Justiça de Minas ainda não chegou à Vara da Infância e Juventude do Rio. O jovem aguarda sua transferência no Instituto Padre Severino, na Ilha do Governador, zona norte do Rio.

Ainda de acordo com o TJ-RJ, o adolescente prestou um terceiro depoimento ao Ministério Público do Rio, na Vara da Infância e Juventude. Anteriormente, o garoto foi ouvido pelas Divisões de Homicídio do Rio e também de Contagem (MG).

Em depoimento à DH do Rio, ele afirmou que foi convidado por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo e funcionário de Bruno, para levar Eliza ao sítio do goleiro em Esmeraldas (MG).

Segundo o depoimento, Macarrão já tinha planejado tudo e mandou o adolescente se esconder no porta-malas do carro Range Rover. No caminho, discutiu com Eliza, que tomou a arma que estava em sua mão e tentou atirar. A arma estava descarregada, e o adolescente acabou desferindo três coronhadas na cabeça da jovem. Um exame confirmou que as manchas encontradas no carro eram do sangue de Eliza.

Ela foi mantida no sítio, e passou a ser vigiada. Segundo o menor, Bruno foi ao sítio e permaneceu lá por duas horas, quando exigiu que seu problema fosse resolvido. No dia seguinte, Eliza e o filho foram levados até um local próximo a Belo Horizonte, onde foram recebidos pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos que, segundo delegado Edson Moreira, é conhecido como Bola, Paulista e Neném.

O adolescente disse que Neném pegou Eliza, amarrou seus braços e a sufocou. Em seguida pediu que todos deixassem o local. Mas o jovem diz ter visto o homem passar carregando um saco e jogar a mão de Eliza dentro de um canil com quatro cães da raça rottweiller. O adolescente disse que os ossos dela foram concretados no mesmo local.

Ele disse ainda que a mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, só foi ao sítio depois do crime, onde soube que o bebê de Eliza tinha sido deixado no local. Afirma que não falou com Bruno sobre o que aconteceu, mas acredita que Macarrão tenha contado.

 

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