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09/07/2010 - 13h04

Bruno pode ser preso no Rio se Justiça de Minas conceder habeas corpus

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LIANA LEITE
DO RIO

Decretada na noite de quinta-feira (8) pela 1ª Vara Criminal do Rio, a prisão preventiva do goleiro Bruno e de seu amigo e funcionário, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, só será executada, na prática, se a Justiça de Minas liberar os dois. A informação é do promotor Alexandre Graça, do Ministério Público do Rio.

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A prisão diz respeito à queixa contra os dois feita em outubro de 2009 por Eliza Samudio, ex-amante do jogador, na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Jacarepaguá, na zona oeste.

Segundo o promotor Graça, a prisão preventiva tem validade de 81 dias prorrogáveis. Com o processo por cárcere privado, sequestro e lesão corporal, os acusados podem pegar de dois a nove anos de reclusão.

Ainda de acordo com o promotor, ao final dos 30 dias de prisão temporária, em Minas, ou no caso de o advogado de defesa, Érico Quaresma Firpe, conseguir o habeas corpus, Bruno e Macarrão continuariam presos e seriam devolvidos à Justiça do Rio para cumprir a pena pelo crime de 2009.

Quaresma afirma que o pedido de habeas corpus a favor deles será encaminhado para a Justiça de Minas até segunda-feira.

No Rio, o juiz Marco José Mattos Couto afirmou que o desaparecimento de Eliza foi determinante para que a prisão dos dois fosse decretada. "Vê-se que os acusados têm acentuada periculosidade, diante das circunstâncias que envolveram os fatos narrados na denúncia e também os fatos subsequentes que acabaram por culminar no desaparecimento da vítima Eliza Silva Samudio", afirmou na decisão.

O mandado de prisão ocorre oito meses após Eliza fazer a primeira acusação contra Bruno. Ontem, o Ministério Público do Rio o denunciou por lesão corporal, sequestro e cárcere privado contra a ex-amante. Nenhuma medida foi tomada até o desaparecimento dela no início de junho, pois a justificativa era de que o exame do IML (Instituto Médico Legal) não estava pronto.

O exame atestaria tentativa forçada de aborto, pois Eliza estava grávida supostamente de Bruno. O goleiro, além de agredir, teria feito a ex-amante tomar algum tipo de abortivo por rejeitar a criança.

Esta é a terceira prisão decretada contra Bruno. A Justiça de Minas decretou a prisão preventiva do jogador na investigação sobre desaparecimento de Eliza, que teria ocorrido na região metropolitana de Belo Horizonte. Já a do Rio decretou a temporária (cinco dias) pela acusação de novo sequestro de Eliza no dia 4 de junho em um hotel na Barra da Tijuca. Porém, segundo o promotor Graça, com a transferência do jogador e de seu amigo para Minas, a prisão temporária no Rio "caducou".

"Os elementos dos autos [processo] demonstram que o primeiro denunciado [Bruno] tem personalidade distorcida, sempre agindo com brutalidade e acompanhado de seguranças. Inclusive, todos nós sabemos das declarações dadas pelo denunciado nos jornais, indicando que se trata de pessoa que não se importa em utilizar de violência física, principalmente contra mulheres", disse o promotor no pedido de prisão preventiva.

 

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