Primo de Bruno chora ao saber da transferência para MG, diz funcionário do Degase

O adolescente de 17 anos envolvido no sequestro e morte de Eliza Samudio, 25, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, suspenso do Flamengo, chorou ao receber a notícia de sua transferência para Minas Gerais na tarde desta terça-feira, segundo um agente do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas). O jovem está há uma semana isolado no CTR (Centro de Triagem), anexo ao Instituto Padre Severino, na Ilha do Governador, zona norte do Rio.

Entenda o caso envolvendo o goleiro Bruno
Delegado descreve como Eliza morreu; ouça
Veja imagens da transferência de Bruno para Bangu
Tio de adolescente diz que não se arrepende de ter revelado a trama
Exame em cães deve trazer poucas respostas sobre morte de Eliza, diz veterinário

"Deixamos ele sozinho para que não sofresse retaliação de outros menores por causa do caso. Ele passa bem, mas aparenta estar depressivo. Logo que soube que iria viajar para Minas começou a chorar", afirmou à Folha o agente.

Ainda de acordo com o funcionário, o adolescente não recebeu nenhuma visita no local por questões de segurança. "Nós também estamos proibidos de falar com ele", disse.

Ontem (12), o tio do adolescente afirmou à Folha que teme que o sobrinho cometa suicídio por se sentir abandonado após a denuncia. "Antes de ser apreendido ele me disse: "tio não me deixe, se o senhor me deixar eu vou me matar". Estou preocupado. Não deixaram eu visitá-lo e nem me disseram se ele está recebendo tratamento psicológico", disse.

Investigadores do Departamento de Homicídios de Minas Gerais afirmaram que o jovem deve viajar na tarde desta terça-feira no mesmo avião da corporação --que encaminhou Bruno para Belo Horizonte. A aeronave já aguarda o adolescente no aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio. A chegada dele está prevista para o final da tarde no aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte.

Policiais da Delegacia de Homicídios de Contagem já chegaram CTR (Centro de Triagem), anexo ao Instituto Padre Severino, onde o menor está isolado em uma sala. Por volta do meio-dia, agentes do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas) separavam a documentação do adolescente para liberá-lo.