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Cid Roberto de Almeida Sanches (1964 - 2010) - Advogado da União e fã de blues
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FELIPE CARUSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No começo dos anos 2000, Cid Roberto de Almeida Sanches conquistou o emprego para o qual tanto se dedicara. Ele, porém, não estava feliz.
Deixou outros trabalhos para estudar para o concurso da Advocacia Geral da União (AGU) e passou. Devido ao seu desempenho na prova, foi mandado para a base de Alcântara, no Maranhão.
Recém-casado com Sandra, em São Paulo, o advogado, no entanto, não queria sair da cidade onde nascera.
Solução: exonerou-se do cargo, prestou novamente o concurso e, em 2003, passou com uma colocação melhor. Foi para Brasília e logo conseguiu transferência para SP.
Em 2007, tornou-se subprocurador do órgão responsável por representar judicialmente a União na Grande SP e por coordenar procuradorias nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Destacou-se em processos envolvendo o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto e nas ações contra bingos.
Caçula dos três filhos de Dante e Maria Zeny foi único a seguir a carreira do pai.
Formou-se em direito pela Universidade de Mogi das Cruzes, para onde ia de trem todos os dias. Certa vez, apareceu só de cueca em casa, após ter sido assaltado.
Gostava de blues, tocava gaita e tinha mais de 30 delas. Bebia chimarrão por influência do avô paranaense e sempre que possível viajava para o litoral do Nordeste.
Separou-se da mulher há um ano e meio e, aos 45, realizou um sonho antigo adiado pela formalidade da profissão: fez uma tatuagem.
Morreu na quarta (04), aos 46, em SP. A causa da morte ainda não foi confirmada.
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