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18/08/2010 - 15h43

Justiça decide criar força-tarefa para agilizar benefícios às vítimas do césio-137

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FILIPE MOTTA
DE SÃO PAULO

A Justiça de Goiás decidiu criar uma força-tarefa para agilizar a concessão de benefícios às vítimas do césio-137. Após 23 anos do acidente radioativo, a estimativa da Justiça é de que mais da metade das vítimas não recebam os recursos a que têm direito.

TJ-GO reúne vítimas do césio-137

Em 1987, milhares de moradores de Goiânia foram expostos à radiação após entrarem em contato com um cápsula abandonada de um instituto de radiografia.

Até o momento, 468 pedidos de indenização já foram solucionados e outros 200 aguardam julgamento na Justiça. O valor da pensão varia de R$ 510 a R$ 822, no caso das 16 pessoas que ficaram incapacitadas para trabalhar após o acidente.

De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Paulo Teles, os casos pendentes dependem da resolução de processos administrativos, que envolvem até perícias médicas.

Teles diz que faltou ao Judiciário ver o tema como prioridade: "A demora é inadmissível. Ele não cumpriu seu papel de resolver o caso", diz.

A lentidão, afirma, é ligada ao fato de cada processo ser julgado isoladamente.

REIVINDICAÇÃO

No Estado, a responsabilidade dos processos é da Suleide (Superintendência Leide das Neves). Segundo o órgão, desde o início do ano não há nenhuma perícia pendente e nunca houve acúmulo de processos, já que as análises são rápidas.

O presidente da Associação das Vítimas, Oderson Oliveira, 55, diz que também é urgente a Justiça determinar o pagamento de assistência médica a quem teve contato com a radiação.

De acordo com Oliveira, hoje, a maioria das vítimas tem mais de 50 anos e sofre com doenças como câncer, bronquite, hipertensão e osteoporose. A associação diz que mais de 80 pessoas morreram desde o incidente devido às sequelas, mas o Estado contesta o dado.

Outra reivindicação feita pela entidade é que o governo pague pensão para os filhos de vítimas.

 

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