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Campanha mira bar que dá cerveja a gari em Florianópolis (SC)
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RACHEL BOTELHO
DE SÃO PAULO
A cervejinha que donos de bares e restaurantes oferecem aos garis como gratificação está na mira da empresa responsável pela coleta de lixo em Florianópolis.
A Comcap (Companhia Melhoramentos da Capital) vai promover uma campanha inédita para desestimular essa prática e evitar acidentes de trabalho.
No folheto, que será distribuído nos estabelecimentos da cidade a partir de setembro deste ano, são dadas orientações diversas, como separar o lixo reciclável e embrulhar objetos cortantes para evitar ferimentos.
Essa série de tópicos listados no material vem seguida da frase: "Não oferecer bebida alcoólica ou outras substâncias que comprometam a sobriedade no trabalho".
PRÁTICA COMUM
De acordo com a companhia municipal, a distribuição de cerveja e outras bebidas é uma prática comum na capital catarinense, o que pode prejudicar a execução do serviço de limpeza.
Neste ano, 20 funcionários passaram pelo programa interno de prevenção de drogas e álcool e, até junho, a empresa registrou 145 acidentes de trabalho.
Cerca de 70% deles ocorreram durante a coleta, mas é difícil quantificar quantos dos casos estão relacionados à ingestão de álcool e drogas porque o tema é tabu entre os empregados.
Maria Tereza de Oliveira, assistente social da Comcap, afirma que, mesmo sendo delicado, há a convicção de que o assunto precisa ser enfrentado pela empresa.
"As pessoas acham que estão agradando [os varredores com a oferta de bebida], mas, às vezes, estão criando um problema para garis que já têm dificuldade com o álcool", afirma Oliveira.
Um varredor de 41 anos, que trabalha há 14 anos na função e diz ter parado de usar drogas e álcool há 11, confirma que a oferta de bebida alcoólica é alta por parte dos comerciantes.
"Quando entrei na empresa, meu problema com álcool e outras drogas se agravou. Se está calor, a população dá cerveja; quando faz frio, uma bebida quente. Nos bares, se o gari pedir, eles dão sem cobrar", conta o gari.
O funcionário diz que aprova a campanha preparada pela companhia. "Nosso trabalho já é perigoso quando estamos sóbrios. Sob efeito [de álcool], ninguém quer saber se tem trânsito antes de atravessar a rua ou se o saco de lixo tem vidro."
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