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05/09/2010 - 00h00

Said Habib Yunes (1907 - 2010) - Imigrante libanês e pai orgulhoso

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FELIPE CARUSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando estourou a Primeira Guerra Mundial, Said Habib Yunes era um cristão de sete anos no Líbano.

Leia sobre outras mortes

A perseguição que sofreu dos turcos otomanos viraram histórias de família que ele contava para os filhos, netos e bisnetos.

Nascido na cidade litorânea de Damour, no Líbano, era um dos três filhos do pescador José, que imigrou para o Brasil após o fim da guerra.

Em 1926, foi sua vez de embarcar num navio e reencontrar o pai em Bragança Paulista (SP). Os dois trabalhavam numa tecelagem.

Veio para São Paulo e tornou-se comerciante, abrindo uma loja na Aclimação.

No início dos anos 30, entre os imigrantes, conheceu Josephina, com quem se casaria e teria quatro filhos.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, levou as crianças para assistir ao desfile.

Lutava boxe, gostava de futebol e era um exímio jogador de gamão, técnica que ensinou aos descendentes. Frequentava o Jockey Club e, de vez em quando, fazia uma fezinha nos cavalos.

Em casa, ouvia música árabe e ainda escrevia textos na língua materna.

Orgulhava-se de ver as duas filhas formadas em letras e do sucesso profissional dos filhos gêmeos.

O advogado José Yunes foi deputado constituinte, e o médico João Yunes, diretor da Faculdade de Saúde Pública da USP e secretário do governo paulista. A morte de João em 2002 o abalou muito.

Morreu anteontem, aos 103, em São Paulo, de causas naturais. Deixa três filhos, 11 netos e 15 bisnetos. A missa de sétimo dia será na quinta, às 12h, na igreja São José.

 

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