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23/09/2010 - 13h22

Empresário investigado por fraudar licitações de merenda escolar é preso em SP

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ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Investigado sob suspeita de fraudar processos licitatórios para o fornecimento de merenda escolar, o empresário Eloizo Gomes Afonso Durães, dono da SP Alimentação, foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira pela Polícia Civil, no bairro de Higienópolis (região central de São Paulo).

A prisão do empresário ocorreu quando ele deixava o prédio onde mora, na rua Rio de Janeiro, um dos endereços mais caros de São Paulo, para fazer sua caminhada matinal pelas ruas de Higienópolis.

Ao todo, 12 policiais civis do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), participaram da operação para prender Durães que, inicialmente, tentou não entrar no carro da polícia e foi algemado.

Desde o início da manhã desta quinta-feira, a reportagem tenta contato com os defensores de Durães, mas eles ainda não foram localizados.

R$ 280 MILHÕES

Ao todo, de acordo com investigação do Ministério Público Estadual, a máfia da merenda escolar pode ter pago cerca de R$ 280 milhões para funcionários de 35 prefeituras em propinas num esquema de desvio de verbas públicas da merenda escolar.

De acordo com a Promotoria, são prefeituras em vários Estado, inclusive a de São Paulo. O esquema investigado começou em 2001.

Ao todo, seis empresas terceirizadas que forneciam alimentação para colégios municipais são investigadas, uma delas é a SP Alimentação, do empresário Durães.

Pela investigação, as empresas são beneficiadas fraudulentamente nas licitações das prefeituras e, em troca, pagam de 5% a 15% dos valores recebidos a funcionários municipais corruptos e também davam notas fiscais falsas.

Os suspeitos de envolvimento com a máfia da merenda também são investigados sob a suspeita de financiar irregularmente campanhas políticas em cinco Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Espírito Santo). Os financiamentos políticos foram em 21 cidades.

 

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